O que têm em comum o papa Francisco, as equipes de resgate que salvam refugiados no Mediterrâneo, uma ex-escrava sexual do Estado Islâmico e o pré-candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos Donald Trump? Todos foram indicados ao prêmio Nobel da Paz deste ano. A indicação do homem que defende a proibição da entrada dos muçulmanos nos EUA e provoca indignação ao chamar os mexicanos de “estupradores” vem motivando críticas e ironias nas redes sociais.
O magnata falastrão foi apontado para o honroso prêmio por um patrono misterioso, disse à CNN um porta-voz da Fundação Alfred Nobel, Kristian Berg Harpviken. Tradicionalmente, a Fundação não revela os nomes dos proponentes e, por isso, as chances de o admirador secreto de Trump ser descoberto são remotas. Em uma carta explicando a indicação, o defensor do magnata afirma que Trump usa “a ideologia da força como uma arma de dissuasão contra o Islã radical, o Estado Islâmico, e Irã nuclear e a China comunista”.
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Milhares de pessoas ao redor do mundo estão autorizadas a fazer nomeações para o prêmio Nobel da Paz, incluindo parlamentares de diversos países, chefes de Estado, antigos laureados e professores universitários. A Fundação Nobel aceita todas as candidaturas válidas, mas ter o nome indicado não é necessariamente um sinal de aprovação, pois para os organizadores do prêmio, somente a lista final – com apenas cinco nomes – é válida. O rol de personagens que foram indicados, mas não receberam o prêmio inclui nomes como Mahatma Gandhi, Vladimir Putin e até, pasmem, Adolf Hitler.
(Da redação)