O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou neste domingo, dia 4, o hospital para cumprimentar os seus apoiadores de dentro do carro e, cerca de meia hora depois, retornou ao centro médico militar Walter Reed, onde está internado desde a última sexta-feira, recuperando-se da Covid-19.
Neste domingo, o porta-voz da equipe médica da Casa Branca, Sean Conley, anunciou que Trump deve receber alta nesta segunda-feira, dia 5, e que passou a tomar um novo medicamento, Dexametasona, que só é recomendado para pacientes em quadro grave de Covid-19.
Conley afirmou que “altos e baixos” fazem parte do processo de recuperação “como qualquer outra doença”. Além de Dexametasona, Trump está sendo medicado com Remdesivir e recebeu recebeu uma dose de Regeneron com anticorpos monoclonais na sexta. Segundo Brian Garibaldi, especialista em cuidados pulmonares críticos do hospital militar, Trump não demonstrou “efeitos colaterais”.
Estudos mostram que a Dexametasona melhora a sobrevivência de pacientes hospitalizados em condições críticas para Covid-19, quando precisam de oxigênio extra. Contudo, o medicamento é contraindicado para casos leves, pois pode limitar a capacidade do próprio organismo de combater o vírus, de acordo com as diretrizes da Sociedade de Doenças Infecciosas da América.
Hospitalizado, Trump escreveu uma mensagem de agradecimento aos apoiadores em seu perfil pessoal no Twitter. Antes disso, ele gravou um vídeo em que disse que seu “verdadeiro teste” virá nos próximos dias, referindo-se à eleição presidencial dos EUA. “Veremos o que acontecerá pelos próximos dias”, disse Trump diante da câmera, parecendo cansado e vestindo uma jaqueta e uma camisa de gola aberta.
O atual presidente segue em desvantagem na corrida pela Casa Branca. Segundo pesquisa Reuters/Ipsos, publicada neste domingo, o democrata Joe Biden abriu 10 pontos de vantagem no cenário nacional. O levantamento aponta que 65% dos americanos disseram que Trump provavelmente não seria infectado se ele tivesse levado o vírus mais a sério. A disputa está entrando em sua reta final e a campanha de Trump terá uma programação eleitoral “agressiva” nesta semana, com participação de seus três filhos mais velhos e do vice-presidente Mike Pence.