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Quatro palestinos morrem em protesto na fronteira de Gaza com Israel

Esta sexta-feira é a quarta consecutiva de protestos violentos no território que separa Palestina de Israel; além dos mortos, 445 pessoas ficaram feridas

Por Da redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h22 - Publicado em 20 abr 2018, 14h19

Quatro palestinos morreram e pelo menos outros 445 receberam atendimento médico em Gaza nesta sexta-feira, após um conflito com o Exército israelense. Esta é a quarta sexta-feira consecutiva da campanha de protesto da Grande Marcha do Retorno, que se manifesta contra a expulsão de palestinos do território onde hoje fica Israel, informaram fontes médicas palestinas.

Dos feridos, 96 pessoas receberam atendimento após serem atingidas por tiros com arma de fogo. As demais chegaram com ferimentos por balas de borracha, quedas ou intoxicação por inalação de gás lacrimogêneo. Entre os atendidos estão um membro dos serviços de emergência, que se encontra em estado grave após ser atingido por um disparo na cabeça quando resgatava um palestino ferido no sul de Gaza, e um fotojornalista que usava colete antibala e capacete.

Com uma participação notavelmente inferior a outras convocações, cerca de 3.000 palestinos, segundo estimativa do Exército israelense, compareceram aos cinco acampamentos desdobrados ao longo da faixa junto à fronteira para participar das mobilizações. Hoje, os protestos levam o nome de “Sexta-feira dos Mártires e Prisioneiros”, após a comemoração do Dia Nacional dos Prisioneiros Palestinos, que ocorre todo 17 de abril.

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O Exército israelense afirmou que os manifestantes causaram distúrbios “ao tentar se aproximar das infraestruturas de segurança, perto das quais queimaram pneus e tentaram jogar petardos com artefatos inflamáveis”.

Os palestinos também jogaram panfletos em direção ao território israelense com mensagens em hebraico e árabe nos quais se lê: “Vocês não têm lugar na Palestina. Voltem de onde vieram… Não escutem a liderança de vocês… Estão enviando vocês à morte ou a detenções… Jerusalém é a capital da Palestina”.

Além disso, os organizadores decidiram avançar 50 metros rumo à cerca de separação os acampamentos de protesto, que tinham sido erguidos a cerca de 700 metros de distância da linha divisória.

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Como aconteceu nas convocações anteriores, espera-se que um maior número de pessoas chegue depois da oração do meio-dia de sexta-feira – o dia de oração para os muçulmanos. Os palestinos usam os alto-falantes das mesquitas e das emissoras de rádio local para pedir que o povo participe.

Várias dezenas de jovens começaram a queimar rodas no leste do enclave e, segundo disseram testemunhas, os soldados israelenses abriram fogo contra as pipas na região norte de Gaza

(Com EFE)

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