Horas antes da posse do novo presidente da colombiano, Iván Duque, nesta terça-feira (7), dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) realizaram três ataques no estado de Cauca, no sudoeste do país. Um policial foi morto e cinco pessoas ficaram feridas.
Os ataques se deram no contexto de incerteza sobre como Duque lidará com o acordo de paz firmado por seu antecessor, Juan Manuel Santos, com as Farc em 2016. Duque é apoiado pelo senador Álvaro Uribe, ex-presidente da Colômbia avesso ao acordo, e foi eleito com o voto dos colombianos contrariados com o baixo grau de punição dos ex-guerrilheiros e com os direitos políticos de seus integrantes se organizarem em partidos e concorrerem em eleições.
Duque ainda não esclareceu se vai derrubar, manter ou alterar os termos do acordo. Antigo reduto das Farc, Cauca é um dos estados colombianos mais afetados pelas ações de militantes que se recusaram a entregar as armas e que continuam a alimentar a violência.
Segundo o governador do departamento do Cauca, Óscar Rodrigo Campo, os atentados “aparentemente foram obra da dissidência das Farc, a serviço do narcotráfico, segundo o diálogo que tivemos com Exército e a polícia”.
No município de Padilla, a explosão de uma motocicleta nas proximidades da delegacia provocou a morte del Edier Burbano, comandante da polícia local. Três outras pessoas ficaram feridas. O atentado ocorreu às 21h40 de segunda-feira. Burbano e os três feridos haviam encontrado uma motocicleta abandonada atrás da delegacia. Quando a movimentaram, a moto explodiu.
“O povo está consternado porque aqui estas coisas nunca aconteceram. A comunidade foi para o hospital para verificar o estado de saúde dos policiais”, afirmou o prefeito, Víctor Hugo Vidal.
No segundo atentado, homens encapuzados lançaram bombas contra a delegacia do município de Suárez, deixando um ferido. Outra motocicleta explodiu na cidade de Santander de Quilichao no momento em que patrulha da polícia passava por perto. Não houve vítimas.
Ambos os fatos, explicou o governador do departamento do Cauca, Óscar Rodrigo Campo, “aparentemente foram obra da dissidência das Farc, a serviço do narcotráfico, segundo o diálogo que tivemos com Exército e a polícia”.
(Com EFE)