Desculpa por beijo em jogadora não é suficiente, diz premiê da Espanha
Pedro Sánchez se pronunciou depois que presidente da federação de futebol do país beijou jogadora na comemoração da final da Copa do Mundo
O primeiro-ministro interino da Espanha, Pedro Sánchez, disse que o pedido público de desculpas do chefe da federação espanhola de futebol pelo beijo não solicitado em uma jogadora “não foi suficiente”. O incidente aconteceu quando Luis Rubiales entregou as medalhas de ouro à equipe feminina, depois da vitória sobre a Inglaterra na final da Copa do Mundo.
O episódio provocou indignação dentro e fora da Espanha, incluindo ministros, exigindo a renúncia de Rubiales. Porém, Sánchez esclareceu que a federação não faz parte do governo espanhol e que não tem o poder para nomear ou demitir o presidente.
“Vimos seu pedido de desculpas e isso não é suficiente, ele deve ser muito mais claro e convincente ao se desculpar”, disse Sánchez. “Ele deve tomar mais medidas para esclarecer um comportamento que é inaceitável”.
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A primeira reação da jogadora beijada, Jenni Hermoso, foi um comentário para suas companheiras de equipe no vestiário da equipe, enquanto faziam um vídeo ao vivo para o Instagram. Hermoso afirmava não ter gostado de Rubiales ter colocado suas mãos no rosto dela e forçado do beijo.
No entanto, ela posteriormente minimizou o incidente em um comunicado divulgado pela federação. Rubiales chegou a chamar os críticos da situação de “idiotas”.
À medida que as críticas aumentavam, na última segunda-feira, 21, o presidente da federação emitiu um vídeo pedindo desculpas.
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“Certamente eu estava errado, tenho que admitir”, disse Rubiales. “Foi sem má fé num momento de máxima efusividade.”
Nos últimos anos, as questões de gênero se tornaram um tema polêmico na Espanha. O governo de coalizão liderado pelos socialistas presidiu uma série de reformas legais, incluindo salários iguais, aborto, trabalho sexual e direitos de pessoas transgêneros.
No entanto, uma brecha na sentença em uma lei de consentimento sexual permitiu que alguns estupradores fossem libertados da prisão mais cedo. Esse caso resultou em uma diminuição de votos para o partido de extrema esquerda Podemos, que preside o Ministério da Igualdade que elaborou a lei, nas eleições locais em maio.