Depois de inflação, show de Taylor Swift provoca atividade sísmica
Uma apresentação da diva em Seattle provocou atividade equivalente a terremoto de magnitude 2,3
A aclamada Eras Tour de Taylor Swift já é considerada um dos maiores acontecimentos musicais deste século, mas um novo parâmetro foi estabelecido durante as performances em Seattle, nos Estados Unidos, em 22 e 23 de julho. Segundo a sismóloga Jackie Caplan-Auerbach, os shows foram tão intensos que geraram atividade equivalente a um terremoto de magnitude 2,3.
Os ingressos das duas noites de show na cidade americana se esgotaram, juntando 72.171 fãs no estádio Lumen Field no sábado, o que quebra o recorde de 70.000 espectadores estabelecido pela banda irlandesa U2, em 2011. A turnê de Swift é uma das mais caras da história, custando pelo menos US$ 100 milhões (quase R$ 500 milhões).
Caplan-Auerbach, professora de geologia na Western Washington University, detectou fortes vibrações no solo geradas pelos fãs dançando e pulando por meio de um sismômetro. A atividade foi o dobro do famoso “Beast Quake” de 2011, quando os fãs do time de futebol americano local, Seattle Seahawks, comemoraram o touchdown do jogador Marshawn “Beast Mode” Lynch contra o New Orleans Saints.
À emissora americana CNN, a sismóloga disse ainda que viu semelhança entre o terremoto-Taylor e um grupo de terremotos do noroeste do Pacífico que ela modera. Além disso, enquanto a euforia do touchdown do Seahawks durou apenas um momento, os dois shows combinados produziram cerca de dez horas de dados, energia maciça direcionada ao solo, gerando a atividade sísmica.
Não foi a primeira vez que a diva do pop provocou impactos inesperados com sua Eras Tour. Mesmo que especialistas concordem que a economia global está em recessão, Swift conseguiu estimular – e muito – o consumo nas cidades que visitou até agora. Estima-se que somente a porção norte-americana da viagem gere uma atividade econômica de US$ 5 bilhões, de acordo com a empresa de pesquisa online QuestionPro.
Isso inclui não apenas as vendas diretamente causadas pelo show – ingressos, merchandise, alimentos e bebidas –, mas também custos associados, como passagens aéreas, reservas de hotel e outras vendas nas cidades anfitriãs. Espera-se que a turnê mundial da estrela renda mais de US$ 600 milhões.
Fenômeno semelhante ocorreu na primeira parada da turnê de outra estrela. Quando Beyoncé foi a Estocolmo, na Suécia, em junho, para a turnê Renaissance, o Danske Bank disse que o evento “parece ter influenciado a inflação de maio, o quanto é incerto.”
Michael Grahn, economista-chefe do banco, afirmou que seu altamente esperado show “provavelmente” representou 0,2 do 0,3 ponto percentual adicionado à inflação pelos preços de hotéis e restaurantes naquele mês.