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Democratas tiram sete governos estaduais das mãos de republicanos

Apesar de vitórias, Partido Democrata perdeu disputas-chave na Flórida e em Ohio; Ted Cruz, Mitt Romney e Bernie Sanders se elegeram para o Senado

Por Da Redação
Atualizado em 7 nov 2018, 13h07 - Publicado em 7 nov 2018, 11h35

Os democratas dos Estados Unidos conquistaram nas eleições de terça-feira vários governos de Estados que apoiaram o presidente republicano Donald Trump nas eleições de 2016 e tiraram sete governos das mãos de republicanos. O partido, contudo, perdeu disputas importantes na Flórida e em Ohio.

Na Flórida, o democrata Andrew Gillum fracassou em sua tentativa de se tornar o primeiro governador negro do Estado, perdendo por uma pequena diferença para o republicano Ron DeSantis em uma disputa marcada pela questão racial que atraiu atenção nacional.

“Ainda planejo estar na linha de frente com cada um de vocês quando se trata de tomar posição e lutar pelo que acreditamos”, disse Gillum, prefeito de 39 anos de Tallahassee, aos seus apoiadores na noite após a votação. A Flórida era governado pelo republicano Rick Scott, que se elegeu nesta terça como senador. 

Os republicanos também obtiveram uma grande vitória na disputa pelo governo de Ohio, onde o procurador-geral Mike DeWine derrotou o democrata Richard Cordray, que atuou como o primeiro diretor do Escritório de Proteção Financeira do Consumidor dos EUA. O estado já era controlado por um republicano, John Kasich. 

Mas no Wisconsin o democrata Tony Evers conseguiu uma vitória apertada sobre o atual governador republicano Scott Walker, com 99,99% das urnas apuradas. Walker, que cumpriu dois mandatos e que sobreviveu a um recall eleitoral convocado pelos democratas em 2012, pleiteou brevemente a candidatura presidencial em 2016.

Além do Wisconsin, os democratas também venceram em três outros Estados que votaram em Trump in 2016, Michigan, Pensilvânia e Kansas, aumentando as esperanças do partido de conquistá-los na eleição presidencial de 2020.

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Michigan e Kansas também eram governados por políticos republicanos, enquanto a Pensilvânia manteve o controle democrata no governo estadual.

Candidatos democratas também triunfaram em Illinois, Maine, Novo México e Nevada, todos até então governados por republicanos. Até a manhã desta quarta-feira (7), os democratas haviam conquistado ao menos sete estados nas mãos de republicanos sem sofrerem nenhuma perda em Estados que controlavam.

Com algumas disputas ainda não decididas, nas eleições para o Congresso, o Partido Democrata conquistou 219 dos 435 assentos da Câmara dos Deputados. Até agora, foram 27 lugares que antes pertenciam a republicanos e que, nos próximos dois anos, serão controlados pela oposição.

Porém, como já estava previsto, os republicanos conquistaram 51 cadeiras do Senado, mantendo a maioria que já detinha em suas mãos.

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Senado

Ted Cruz discursa na Convenção Republicana, em Cleveland, Estados Unidos
Ted Cruz (Jonathan Ernst/Reuters)

Em uma votação mais apertada que o esperado, o atual senador pelo Texas, o ex-candidato presidencial republicano Ted Cruz, conservou seu cargo, após vencer o democrata Beto O’Rourke.

No início da contagem, O’Rourke, a revelação democrata desta campanha legislativa, que acumulou mais de 60 milhões de dólares para sua campanha, chegou a liderar a apuração por vários pontos de vantagem, embora, à medida que esta avançava, a porcentagem se desvanecia até se transformar em derrota.

Cruz, advogado de origem cubana que em 2016 perdeu as primárias republicanas para as eleições presidenciais para Donald Trump, centrou sua campanha em defender sua agenda econômica, os baixos impostos e em acusar seu rival de tentar “transformar o Texas na Califórnia”.

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O ex-candidato à presidência americana Mitt Romney também foi eleito para o Senado, mas pelo Estado de Utah. Ele retorna à política em uma posição confortável para criticar o presidente Donald Trump dentro das fileiras republicanas.

“Me comprometo a representá-los com dignidade, integridade e de uma maneira que os orgulhe”, tuitou Romney, de 71 anos, dirigindo-se a seus eleitores. O republicano venceu a democrata Jenny Wilson.

Já o candidato derrotado nas primárias presidenciais democratas de 2016, Bernie Sanders, foi reeleito sem surpresas como senador por Vermont. Figura da esquerda dos Estados Unidos, é um crítico ferrenho do presidente Donald Trump.

Sanders 77 anos, foi eleito pela primeira vez em 2008 e posteriormente em 2012 para representar este pequeno estado do nordeste dos Estados Unidos. Concorre como senador independente.

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Já o senador democrata por Nova Jersey Bob Menéndez foi reeleito, apesar das acusações de corrupção que pesam contra ele. Ele derrotou seu adversário republicano, Bob Hugin.

Menéndez, 64 anos, senador desde 2006, teve sua popularidade abalada após ser julgado por ajudar um médico em troca de diárias em hotéis de luxo em alguns balneários. Ele evitou ser condenado graças à divisão do juri, mas foi repreendido oficialmente pelo Comitê de Ética do Senado, que o obrigou a pagar parte das diárias.

Câmara dos Deputados

Os democratas estão prestes a tomar pelo menos 27 assentos dos republicanos na Câmara, incluindo quatro na Pensilvânia, mas também na Flórida, Colorado, Kansas, Nova Jersey, Nova York e Virgínia.

A votação foi marcada por um número significativo de mulheres, jovens e candidatos de minorias étnicas e sexuais.

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A democrata Donna Shalala conquistou a cadeira pela Flórida que foi ocupada durante anos por Ileana Ros-Lehtinen, a primeira cubano-americana eleita para o Congresso. Na Virgínia, a democrata Jennifer Wexton bateu a republicana Barbara Comstock, que tentava a reeleição.

Já Greg Pence, o irmão mais velho do vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, ganhou uma cadeira na Câmara de Representantes americana. O empresário de 61 anos e veterano militar anunciou sua vitória no distrito de seu irmão mais velho, Indiana.

(Com Reuters, AFP, EFE)

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