Os democratas do Congresso dos Estados Unidos se reunirão na sede do Comitê Nacional Democrata na manhã desta terça-feira, 9, para discutir a viabilidade da candidatura à reeleição do presidente Joe Biden. O encontro a portas fechadas pode ser decisivo para a corrida presidencial americana.
O desempenho de Biden no debate em que enfrentou o ex-presidente Donald Trump, em 27 de junho, provocou dúvidas sobre sua capacidade de liderar o país por mais quatro anos. O chefe da Cada Branca, de 81 anos, encontrou dificuldades para finalizar suas frases e concluir o raciocínio, jogando os holofotes sobre sua idade avançada.
Até agora, seis democratas rejeitaram publicamente a candidatura de Biden nas eleições presidenciais de novembro: os deputados Adam Smith, Angie Craig, Seth Moulton, Lloyd Doggett, Mike Quigley e Raul Grijalva.
“Esse candidato deve ser capaz de expor seu caso de forma clara, articulada e forte ao povo americano. Está claro que o presidente Biden não é mais capaz de enfrentar esse fardo”, disse Smith em uma declaração nesta terça-feira.
Os críticos pedem que Biden desista da candidatura e seja substituído por algum político com maior probabilidade de vitória contra Trump. “Biden deve ser capaz de ganhar esmagadoramente ou ele tem que passar a tocha para alguém que consiga”, afirmou Smith.
Apesar das críticas, uma pesquisa Reuters/Ipsos publicada na semana passada mostra que tanto Trump quanto Biden mantêm o apoio de 40% dos eleitores registrados, sugerindo que o democrata não perdeu terreno desde o debate. A mesma sondagem, no entanto, mostra que um em cada três democratas acredita que o presidente deveria encerrar sua campanha de reeleição.
Insistência na candidatura
Nesta segunda-feira 8, o presidente americano enviou uma carta aos democratas no Congresso garantindo que permanecerá na corrida eleitoral e que pode derrotar Trump.
“Quero que saibam que, apesar de todas as especulações na imprensa e em outros lugares, estou firmemente comprometido em permanecer nesta corrida, em correr esta corrida até o fim e em derrotar Donald Trump”, disse Biden na carta, vista pela rede americana CNN.
Biden também negou as especulações de que ele está com problemas de saúde, intensificadas desde que uma reportagem do jornal americano The New York Times afirmou que um especialista em doença de Parkinson visitou a Casa Branca oito vezes desde o ano passado.