A menos de duas semanas das eleições legislativas nos Estados Unidos, o Partido Democrata pediu ajuda ao ex-presidente Barack Obama para tentar alavancar votos em estados indecisos. A legenda teme perder o controle do Congresso, num momento de queda da popularidade de Joe Biden e avanço de rivais republicanos.
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Em 8 de novembro, os Estados Unidos vão às urnas novamente para renovar as cadeiras da Câmara, parte do Senado e dezenas de governadores. Com a aproximação do pleito, os democratas temem perder sua maioria no Congresso, atualmente dividido em 50 cadeiras para cada legenda, com o partido do presidente no comando porque sua vice, Kamala Harris, tem direito a votos de desempate.
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Com a aprovação de Biden entre os eleitores pairando em 39% segundo a última pesquisa Reuters/Ipsos publicada nesta quarta-feira, 26, cabe a Obama assumir o papel de mais influente do partido na reta final da campanha.
Obama, que deixou o cargo em 2017 depois de cumprir dois mandatos, viaja para a Geórgia na sexta-feira, 28, e depois segue para Wisconsin, Nevada e Pensilvânia, todos os principais campos de batalha nas eleições.
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Todos os quatro estados são sede de disputas acirradas ao Senado, onde os candidatos republicanos parecem estar ganhando força. Os republicanos precisam conquistar apenas mais uma cadeira para garantir o controle dessa câmara, com Geórgia e Nevada aparecendo como alvos principais.
Os republicanos também devem ganhar assentos suficientes para assumir a Câmara dos Deputados dos EUA. Manter ambas as câmaras permitirá que eles impeçam a agenda do presidente Joe Biden, bloqueiem seus indicados, incluindo juízes federais e iniciem investigações de seu governo.
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O principal objetivo de Obama será mobilizar a coalizão democrata existente – eleitores negros, suburbanos com educação universitária, latinos e jovens eleitores – para votar, o que historicamente tem sido um desafio nas eleições de meio de mandato.
No início desta semana, Obama postou um vídeo nas redes sociais incentivando os jovens americanos a votar, destacando questões como direitos ao aborto e controle de armas, pautas centrais na agenda de Biden.
O atual presidente, por sua vez, também planeja fazer campanha na Flórida na próxima semana em nome do candidato a governador democrata Charlie Crist, que enfrentará o republicano Ron DeSantis, atual ocupante do cargo e um possível candidato à Casa Branca em 2024.
Biden se juntará a Obama para eventos na Pensilvânia em 5 de novembro.