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Democratas já têm plano montado se Trump declarar vitória prematuramente

Oficial de campanha de Kamala Harris disse que equipe espera "totalmente" que republicano reivindicará o posto ainda na terça-feira à noite

Por Da Redação
Atualizado em 1 nov 2024, 18h35 - Publicado em 1 nov 2024, 18h15

O Partido Democrata prepara uma resposta rápida para redes sociais, emissoras e estações de rádio em caso de um prematuro anúncio de vitória do ex-presidente americano Donald Trump sobre a vice-presidente Kamala Harris nas eleições, marcadas para 5 de novembro. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, dia 1º, pela agência de notícias Reuters, com base em fontes da campanha democrata.

O plano tem como objetivo pedir calma e paciência à população em meio à contagem dos votos, que pode se entender por dias, ainda mais se houver pedidos de recontagem em estados-chave. Seis oficiais democratas e da campanha de Harris disseram à Reuters que a luta contra qualquer reivindicação de Trump dependeria da opinião pública. Por isso, a campanha planeja inundar todas as formas de mídia com demandas para que cada voto seja contado antes de maiores declarações.

A possibilidade de que o empresário cante o triunfo antes do tempo já foi reconhecida por Harris. Em entrevista à emissora americana ABC News nesta quarta-feira, 30, ela afirmou que “infelizmente” está pronta para lidar com Trump, acrescentando: “Se soubermos que ele está realmente manipulando a imprensa e tentando manobrar o consenso do povo americano, estamos preparados para responder”.

A informação foi reforçada nesta sexta-feira por um funcionário do alto escalão da campanha de Harris. O oficial disse que a equipe espera “totalmente” que o republicano reivindicará o posto ainda na terça-feira à noite, sem que todos os votos tenham sido contados. Ele advertiu também que “se (Trump) fizer de novo, vai falhar”, em referência às tentativas do ex-presidente em reverter os resultados das eleições de 2020, que alçaram Joe Biden à Casa Branca.

A disputa entre Kamala e Trump está acirrada. Segundo uma média de pesquisas nacionais, realizada pelo jornal americano The New York Times, a democrata aparece com 49% das intenções de voto, contra 48% do republicano, o que representa um empate técnico.

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+ ‘Swing states’, ‘delegados’ e mais: veja glossário para entender eleições nos EUA

Descrença da população

Uma pesquisa conduzida pela Universidade George Mason e pelo jornal americano The Washington Post mostrou que a maioria dos eleitores dos sete estados-chave para as eleições nos Estados Unidos deste ano, os chamados swing states — Wisconsin, Michigan, Pensilvânia, Geórgia, Nevada, Arizona e Carolina do Norte —, acredita que o ex-presidente não aceitará uma eventual derrota.

O estudo, que teve como base mais de 5.000 eleitores, foi realizado nas duas primeiras semanas de outubro, à medida que a tensão eleitoral aumenta. Cerca de 57% dos entrevistados manifestaram preocupação com a possibilidade dos apoiadores de Trump agirem de maneira violenta caso ele perca. Em contraste, apenas 31% temem episódios de violência se Harris vencer.

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