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Criação de Israel e nazismo: a troca de farpas entre Macron e Netanyahu

Declarações se dão em meio à pressão internacional após ataques de Israel à sede da missão de manutenção da paz das Nações Unidas no Líbano

Por Da Redação
Atualizado em 16 out 2024, 21h49 - Publicado em 16 out 2024, 10h45
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  • Benjamin Netanyahu e Emmanuel Macron
    Benjamin Netanyahu e Emmanuel Macron durante visita do primeiro-ministro israelense à França em 10 de outubro de 2017 (Nedim/Anadolu Agency/Getty Images)

    Em meio à pressão internacional após ataques de Israel à sede da missão de manutenção da paz das Nações Unidas no Líbano (Unifil), o presidente da França, Emmanuel Macron, alertou na terça-feira, 15, que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, “não deve esquecer que seu país foi criado por uma decisão da ONU”.

    A declaração dada por Macron durante uma reunião com seus ministros se refere à Resolução 181, adotada em novembro de 1947 pela Assembleia Geral da ONU, após o fim do mandato britânico na antiga Palestina. O ato separou o território em um Estado judeu e um árabe.  “E, portanto, este não é o momento de romper com as decisões da ONU”, completou o presidente francês, em alusão aos últimos ataques de Israel à Unifil. 

    Além de França, países como o Brasil também condenaram os ataques às instalações da ONU no Líbano. “A missão de paz foi estabelecida em 1978 pelo Conselho de Segurança e atua desde então na manutenção da paz e da segurança no sul do Líbano. A missão apoia o governo do Líbano na restauração de sua autoridade na área; facilita o retorno de civis deslocados; presta assistência humanitária; e busca garantir que a área não seja usada por grupos armados”, disse o Itamaraty, acrescentando que “o governo brasileiro reitera a necessidade urgente de cessação das hostilidades”.

    Netanyahu, por sua vez, deu uma resposta dura às declarações do presidente francês. “Um lembrete ao presidente da França: não foi a resolução da ONU que estabeleceu o Estado de Israel, mas sim a vitória alcançada na Guerra da Independência com o sangue de combatentes heroicos, muitos dos quais eram sobreviventes do Holocausto — incluindo alguns do regime de Vichy na França”, retrucou o primeiro-ministro israelense em uma declaração.

    O regime de Vichy colaborou com as forças de ocupação de Adolf Hitler na Segunda Guerra Mundial após a rendição francesa à Alemanha nazista, colaborando com a deportação de 76 mil judeus da França para campos de concentração.

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     Netanyahu X Macron

    A tensão entre Netanyahu e Macron aumentou nos últimos dias, em meio à escalada do conflito entre Israel e a milícia libanesa Hezbollah. 

    O apelo do presidente francês para que Netanyahu não ignore a decisão da ONU ocorre depois de Israel atacar a sede da missão de manutenção da paz da ONU no Líbano, em Naqoura, e suas posições adjacentes na semana passada.

    Nesta terça-feira, 15, o premiê israelense disse a Macron por ligação “que Israel não aceitará nenhum acordo” que o impeça de seguir com suas operações contra o Hezbollah, de acordo com seu gabinete.

    Desde que Israel deu início a uma invasão no sul do Líbano há duas semanas, militares têm emitido avisos exigindo que os residentes de diversas regiões do país deixem suas casas, principalmente no Vale do Bekaa, no leste, nos subúrbios da capital Beirute e no sul. Como consequência, mais de 25% da população do Líbano recebeu ordens para que deixassem suas casas. 

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    O palácio do Eliseu, por sua vez, disse que Macron alertou Netanyahu que um conflito regional “teria consequências devastadoras para as populações e para a segurança internacional”, reiterando a necessidade de um cessar-fogo.

    No início do mês, Macron pediu a interrupção do envio de armas a Israel para serem usadas na guerra em Gaza, o que provocou uma resposta do  do primeiro-ministro israelense declarando “vergonha” ao presidente francês.

    Segundo o governo libanês, ataques israelenses resultaram na morte de pelo menos 2.309 pessoas no Líbano no último ano, sendo a maioria das vítimas registradas desde o final de setembro, quando Israel expandiu sua campanha militar. Esse número não faz distinção entre civis e combatentes. Israel alega que suas operações no Líbano visam garantir o retorno de dezenas de milhares de pessoas deslocadas em seu próprio território no norte do país.

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