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Covid-19: Wuhan testa 1 milhão de pessoas em uma semana

Taxa de contagiados sem sintomas caiu de 660 a cada 1 milhão de habitantes para 46; estudo sugere que meio milhão de pessoas na cidade foram infectadas

Por Da Redação
Atualizado em 19 Maio 2020, 16h52 - Publicado em 19 Maio 2020, 16h47

A cidade de Wuhan, na China, onde foram registrados os primeiros casos da pandemia da Covid-19, realizou mais de 1 milhão de testes para a doença na última semana passada e registrou queda significativa na incidência de casos assintomáticos, informou nesta terça-feira, 19, a imprensa oficial do país.

De acordo com o jornal estatal Global Times, a taxa de positivos assintomáticos – quem não apresentam sintomas – caiu para 46 pessoas por cada 1 milhão de pessoas testadas, enquanto em abril era de 660 por 1 milhão.

Este resultado demonstraria, segundo as autoridades locais, que a situação de controle da doença melhorou e que os pacientes assintomáticos têm pouca capacidade de infecção.

O jornal também publica informações sobre um estudo de anticorpos que envolveu testes em 11.000 pessoas, das quais 5% possuíam o vírus. O estudo cogita que, se extrapolado os números, cerca de 500.000 dos 11 milhões de habitantes de Wuhan teriam contratado o vírus em algum momento.

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Wuhan está atualmente empenhada em uma grande campanha de testes – realizada gratuitamente para a população – que deve terminar na próxima segunda-feira, 25.

A decisão das autoridades da cidade acontece após o registro de um aumento no número de contágios no início de maio, interrompendo uma série de 35 dias consecutivos sem registrar nenhuma infecção pela Covid-19, segundo dados oficiais.

Apesar de a China ter controlado a epidemia interna, o país ainda enfrenta desafios no norte de seu território, na fronteira com a Rússia. Apesar de ter fechado quase que completamente suas fronteiras terrestres e cancelado os voos para dentro e para fora do país, para prevenir a importação de novos casos, novos pacientes surgiram na região, e o governo teve que adotar medidas similares às impostas em Wuhan.

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Nesta terça-feira, o governo chinês impôs o confinamento total em Shulan, cidade de cerca de 700.000 habitantes, após uma mulher sem registro recente de viagens ter sido diagnosticada positiva e mais 34 casos da doença surgirem na província de Jijian na última quinzena.

Enquanto as autoridades combatem o vírus ao norte, o governo central em Pequim se prepara para dar seguimento à sessão anual do Parlamento, na qual os cerca de 3.000 representantes de todo o país irão debater novas leis. Dezessete delas estão ligadas ao controle de futuras epidemias e à proibição de comércio de animais silvestres.

Ao todo, a China contabiliza 84.063 casos de Covid-19 e 4.638 mortes. Segundo o governo, há apenas 82 pacientes ainda infectados com a doença.

(Com EFE)

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