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Covid-19: OMS alerta para ‘segundo pico’ em áreas com queda de infecções

Chefe de emergências diz que salto no número de casos de coronavírus pode acontecer se restrições forem suspensas

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 14h29 - Publicado em 25 Maio 2020, 20h15
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  • A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta segunda-feira, 25, que os países onde a pandemia de coronavírus está em declínio podem enfrentar um “segundo pico imediato” de contágios caso abandonem as restrições adotadas para conter o surto.

    Segundo Mike Ryan, chefe de emergências da OMS, as epidemias costumam ocorrer em ondas. Isso significa que novos casos de coronavírus podem voltar a crescer no final deste ano em lugares onde a primeira onda já terá passado. Além disso, as taxas de infecção podem subir ainda mais rápido se as medidas de confinamento e distanciamento social forem suspensas muito cedo.

    “Precisamos estar cientes do fato de que novos casos podem saltar a qualquer momento”, disse Ryan, em entrevista coletiva por videochamada. “Não podemos supor que, só porque a doença está em declínio, ela continuará em declínio e ainda temos alguns meses para nos preparar para uma segunda onda. Podemos ter um segundo pico ainda nesta onda”, completou.

    O chefe de emergências da OMS disse que a Europa e América do Norte devem continuar implementando orientações de saúde pública, medidas de vigilância, campanhas de testagem e “uma estratégia abrangente para garantir que continuemos em uma trajetória descendente e que não tenhamos um segundo pico imediato”.

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    Muitos países europeus e unidades dos Estados Unidos tomaram medidas nas últimas semanas para suspender as medidas de bloqueio que restringiram a propagação da doença, mas causaram graves danos às economias. Embora casos estejam em declínio nesses países, a Covid-19 se espalha pela América do Sul, pelo Sul da Ásia e pela África.

    Epidemia silenciosa

    Também nesta segunda-feira, a OMS expressou preocupação com uma “epidemia silenciosa” no continente africano, caso seus líderes não ampliem os testes de coronavírus.

    “A falta de testes está levando a uma epidemia silenciosa. Portanto, devemos continuar pressionando os líderes a priorizarem os testes”, disse Samba Sow, enviado especial da organização à África. O continente, com área de 30 milhões de quilômetros quadrados – o triplo da Europa – e 1,2 bilhões de habitantes – quase o dobro dos europeus – é a região com menos casos de coronavírus diagnosticados no mundo, representando menos de 1,5% do total global e apenas 0,1% das mortes.

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    Contudo, o diretor regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti, disse que alguns países adotaram medidas para conter a doença a um alto custo econômico. Essas medidas fizeram com que a pandemia tivesse um impacto mais suave até agora do que o previsto, disse Moeti.

    Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, disse que a experiência do continente com outras epidemias auxiliou na resposta ao coronavírus, apesar das “lacunas e vulnerabilidades”.

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