Autoridades sanitárias de Roma interditaram uma escola da capital italiana após a descoberta de um caso da variante brasileira do novo coronavírus. O contágio foi registrado no Instituto Sinopoli-Ferrini, segundo informações desta terça-feira, 23, de diários locais, como o Corriere della Sera.
As aulas do ensino infantil (até seis anos) e primário (até 10 anos) no local já estavam suspensas desde a semana passada, devido a um caso da variante britânica da Covid-19. No entanto, com o aparecimento da variante P.1, identificada pela primeira vez em Manaus (AM), a agência sanitária de Roma decidiu fechar também a escola secundária de primeiro grau, equivalente ao ensino fundamental, do instituto.
“Foi identificado um caso suspeito da variante brasileira no Instituto Sinopoli-Ferrini, que depois foi confirmado pelo Instituto Lazzaro Spallanzani (hospital referência em doenças infecciosas na Itália), diz, em nota, o diretor da agência sanitária de Roma, Angelo Tanese. A interdição entra em vigor na quarta-feira, 24, sem prazo para acabar.
As autoridades informaram que farão novos testes RT-PCR em alunos, professores e outros funcionários. Este foi o primeiro caso confirmado de infecção pela variante brasileira de Covid-19 na região do Lazio, da qual Roma é a capital. A Itália já havia registrado casos de P.1 nas regiões vizinhas de Abruzzo e Úmbria, no centro do país. Um dos infectados foi um profissional de saúde do hospital da cidade de L’Aquila, que já havia recebido a vacina da Pfizer/BioNTech.
Oito escolas de Roma já fecharam desde o retorno em janeiro devido a casos de coronavírus, sendo cinco delas da variante inglesa. Primeiro país fora da Ásia a sofrer com o surto de Covid-19, a Itália acumula mais de 2.8 milhões de casos e mais de 96.000 mortes decorrentes da doença, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.