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Corte americana analisa relação de Trump com invasores do Capitólio

Novos depoimentos das audiências do 6 janeiro mostram que o ex-presidente republicano também pediu para apreender máquinas na votação de 2020

Por Da Redação Atualizado em 12 jul 2022, 17h45 - Publicado em 12 jul 2022, 16h33

O comitê da Câmara dos Estados Unidos que investiga a invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021 e a participação de Donald Trump nos ataques vem trazendo grandes revelações à tona. Depois de ser revelado no mês passado, por Cassidy Hutchinson, ex-assessora da Casa Branca, que o ex-presidente dos Estados Unidos sabia da invasão e queria ir até o local, as audiências desta terça-feira, 12, investigam os grupos extremistas que realizaram a invasão e o papel de Trump na formação da multidão que interrompeu a contagem eleitoral. 

O painel desta terça-feira analisa como Trump e seus aliados estimularam um perigoso grupo de apoiadores, incluindo milícias de extrema-direita, para atacar Washington enquanto o Congresso se reunia para confirmar sua derrota. Os esforços teriam vindo depois das inúmeras tentativas do ex-presidente de anular o resultado da eleição de 2020, na qual o democrata Joe Biden foi o vitorioso. 

Liderada pelos democratas Jamie Raskin e Stephanie Murphy, a corte ouviu depoimentos de Jason Van Tatenhove, ex-porta-voz do Oath Keepers, grupo de milícias de extrema-direita, e de Stephen Ayres, um homem de Ohio que se juntou à máfia e recentemente se declarou culpado de entrar ilegalmente no Capitólio.

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Outro foco importante na audiência é uma reunião extraordinária do Salão Oval que ocorreu em 18 de dezembro de 2020, na qual Michael T. Flynn, o ex-conselheiro de segurança nacional, Sidney Powell, advogado e teórico da conspiração, e Patrick Byrne, um rico executivo que financiou muitos dos esforços para contestar a eleição, estavam presentes. Pouco mais de uma hora após o término da reunião, Trump postou uma mensagem no Twitter que começou a reunir uma multidão para ir a Washington. Acredita-se que essa postagem desencadeou a invasão. 

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Altos funcionários do governo Trump disseram em depoimento sobre como o ex-presidente procurou pessoalmente usar o governo federal para apreender máquinas de votação em um esforço para reverter sua derrota em 2020. William P. Barr, o ex-procurador-geral, disse que Trump pediu que ele usasse o Departamento de Justiça para apreender máquinas. Barr afirmou que negou rapidamente, por não haver motivos para isso.  

“Para o governo federal apreender as urnas? Essa é uma ideia terrível para o país. Não é assim que fazemos as coisas nos Estados Unidos”, disse Pat Cipollone, advogado da Casa Branca, em depoimento a portas fechadas na sexta-feira. 

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De acordo com o deputado Jamie Raskin, na audiência, existem de “três anéis de ataque entrelaçado” que convergiram no Capitólio em 6 de janeiro: o esforço de Trump pressionar o vice-presidente Mike Pence a derrubar a eleição; os grupos e milícias de direita que ele galvanizou para vir a Washington, cujos membros, por sua vez, tramaram um esforço violento para contestar o resultado das eleições; e a “grande e enfurecida multidão” que Trump mobilizou para marchar até o Capitólio, alimentando o caos.

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