As autoridades de Hong Kong estão preocupadas com uma terceira onda de Covid-19, depois de o território administrado pela China registrar 29 novos casos da doença no sábado. O momento foi classificado com o “o mais perigoso” desde março. Na sexta-feira, outros 30 casos haviam sido confirmados e mais 33 aguardam o resultado de exames.
“Temos muitos casos sem uma fonte precisa de infecções, e eles não estão relacionados a nenhum resultado positivo vindo do exterior. Acho que a situação é mais grave agora do que em março, quando registramos muitos casos importados do exterior”, disse hoje o médico Chuang Shuk-kwan, do Centro de Prevenção de Doenças Infecciosas da cidade.
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Clique e AssineHa semanas Hong Kong não registrava novas infecções. O reaparecimento da doença fez o governo retomar certas restrições, como a limitação de atendimento em bares e restaurantes e a suspensão das aulas em creches e escolas.
Segundo a emissora local “RTHK”, os novos casos estão principalmente a esses locais. Infecções também foram detectadas em asilos e entre alguns motoristas de táxi da cidade.
Desde o início da pandemia, Hong Kong registrou 1.432 infecções e sete mortes .
Eleições
O fim de semana também foi marcado por filas e aglomerações em 250 sessões eleitorais de Hong Kong. Cerca de 580 mil cidadãos compareceram às urnas para escolher pré candidatos às eleições legislativas que vão ocorrer em setembro.
O evento funciona como uma primária para a escolha de 70 integrantes que irão compor o Conselho local. O comparecimento em massa em uma votação não oficial foi visto como uma reação à nova lei de segurança imposta pela China ao território semi-autônomo.
A lei, implantada há duas semanas, permite à polícia chinesa atuar na ilha, investigando e prendendo pessoas envolvidas em atividades consideradas subversivas, separatistas e terroristas, sem a necessidade de expedição de mandado pela Justiça.
(Com EFE)