Nove dias após registrar a marca recorde de 969 novas vítimas do coronavírus, a Itália reportou, neste domingo (5), a menor taxa de óbitos diários das últimas duas semanas, de acordo com o Departamento de Proteção Civil italiano: foram 525 mortes. O número de pessoas hospitalizadas em todo o país caiu de 3 994 para 3 977 desde sexta-feira, enquanto os casos confirmados tiveram um aumento de cerca de 3%, totalizando 91 246 contaminados. Ainda assim, o salto representa quase metade do número de novos casos identificados em março.
Apesar de ainda ser o país com a maior taxa de mortalidade por Covid-19 do mundo (são 15 887 óbitos), os novos números da Itália são vistos como indício da desaceleração do contágio e alívio do sistema de saúde. As autoridades reportaram também que, só hoje, 21 815 pessoas foram curadas do coronavírus; 819 a mais do que no sábado. As boas notícias, entretanto, não são suficientes para arrefecer as medidas de isolamento impostas pelo governo, que interrompeu a maioria das atividades de produção e negócios pelo menos até o dia 13 de abril.
Em entrevista à NBC News, o primeiro-ministro Giuseppe Conte insistiu que o governo só começaria a suavizar as medidas quando os cientistas sinalizassem essa possibilidade, mas que ainda não há data específica. “Você deve considerar que a Itália foi o primeiro país da Europa a enfrentar essa pandemia. Nossa resposta talvez não tenha sido perfeita, mas estamos agindo da melhor maneira possível”, disse Conte. Na Itália, o epicentro do surto continua sendo a região norte da Lombardia, que agora conta com 8.905 vítimas. Neste domingo, o governo regional emitiu uma nova ordem que obriga cidadãos a usar sempre uma máscara protetora ou cachecol para cobrir suas bocas ou narizes, caso precisem sair de casa.
Com informações da Agência Reuters