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Coronavírus: Califórnia decreta quarentena obrigatória

Governo prevê que Covid-19 pode atingir mais da metade da população do estado em 8 semanas; Senado apresentou plano de estímulo econômico de US$1 trilhão

Por Da Redação
20 mar 2020, 09h26

A Califórnia emitiu uma ordem inédita para sua população de 40 milhões de habitantes ficar em casa, e o governo dos Estados Unidos orientou cidadãos americanos a voltarem para casa ou ficarem no exterior por tempo indeterminado, à medida que o total de mortes do coronavírus no país chegou a 200, na quinta-feira 19.

A diretiva do governador da Califórnia, Gavin Novasom, que entrou em vigor de imediato, é a maior e mais abrangente restrição já adotada pelo Estado em meio ao agravamento da crise de saúde pública provocada pelo surto de Covid-19, que ele previu que pode infectar mais da metade da Califórnia dentro de oito semanas.

A quarentena deve ficar em vigor por pelo menos 14 dias. As normas permitem que os cidadãos deixem suas casas para ir ao supermercado, farmácia e hospitais, além de para se exercitar e passear com seus cachorros.

Enquanto as autoridades intensificavam medidas para evitar a proliferação do vírus, o governo dos Estados Unidos pode anunciar restrições nas viagens na fronteira EUA-México nesta sexta-feira, 20, limitando as travessias ao essencial, segundo duas autoridades a par da questão. Tal ação viria na esteira de uma medida semelhante adotada na quarta-feira 18 para fechar a fronteira com o Canadá.

A doença respiratória de disseminação rápida está acabando com a maioria dos hábitos cotidianos da nação ao fechar escolas e negócios, obrigar milhões a trabalharem em casa, causar a demissão de muitos e diminuir drasticamente as viagens.

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O Departamento de Estado disse aos cidadãos que, se viajarem para o exterior, “seus planos de viagem podem ser seriamente prejudicados, e vocês podem ser forçados a permanecer fora dos Estados Unidos por um período de tempo indefinido”.

Como a economia está padecendo, republicanos do Senado apresentaram um plano de estímulo econômico de 1 trilhão de dólares para disponibilizar fundos diretamente ao público e aos negócios americanos. O presidente Donald Trump vem pedindo o pacote com insistência.

O número de pessoas solicitando seguro desemprego atingiu a maior taxa desde 2012 e atingiu um pico de 2,5 anos na semana passada, já que empresas do setor de serviço dispensaram funcionários porque a pandemia está fechando negócios.

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Seria o terceiro projeto de lei de emergência do Congresso para enfrentar o coronavírus na esteira de um plano de mais de 105 bilhões que cobre os exames gratuitos de coronavírus, licenças-saúde remunerada e gastos adicionais com a rede de segurança e uma medida de 8,3 bilhões para combater a disseminação do patógeno altamente contagioso e desenvolver vacinas contra ele.

O mercado de ações em queda e o número crescente de mortes levaram Trump a mudar radicalmente de tom sobre a doença nesta semana, quando exigiu ações urgentes para repelir um mergulho na recessão depois de passar semanas minimizando os riscos.

Mais de 13.000 pessoas de todo o país foram diagnosticadas com a doença batizada de Covid-19 e 200 morreram. Os Estados de Washington, Nova York e Califórnia concentraram os maiores números até o momento.

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Como os Estados Unidos demoram para mobilizar exames em massa para detectar o vírus, que já infectou mais de 229.000 pessoas em todo o mundo, autoridades temem que a quantidade de casos conhecidos da doença respiratória que pode causar pneumonia esteja muito distante da realidade.

Hospitais de toda a nação dizem estar enfrentando uma falta de equipamento médico, e médicos de Seattle são forçados a improvisar máscaras com folhas de plástico.

(Com Reuters)

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