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Coreia do Sul diz que ‘recaídas’ de Covid-19 têm baixa transmissibilidade

País asiático tem 180 casos de pacientes que voltaram a testar positivo depois de se recuperarem, todos sem consequências graves

Por Da Redação Atualizado em 22 abr 2020, 17h22 - Publicado em 22 abr 2020, 17h12

Autoridades de saúde da Coreia do Sul abordaram nesta quarta-feira, 22, de uma das maiores preocupações em relação ao coronavírus: a possibilidade de uma segunda contaminação e seus efeitos. Segundo o Centro para Controle e Prevenção de Doenças da Coreia (KCDC), pacientes que tiveram um segundo diagnóstico positivo de Covid-19 depois de se recuperarem parecem não transmitir a doença.

Mais de 180 casos com segundo teste positivo após um negativo já foram relatados no país até agora, mas não se conhece nenhum caso em que os “reincidentes” tenham infectado outras pessoas, segundo informações da agência Reuters. Casos semelhantes foram reportados na China, no Japão e da Itália nas últimas semanas. Em todos eles, os pacientes permaneceram assintomáticos ou apresentaram problemas menos graves.

O mais provável, segundo cientistas, é que essas pessoas ainda tivessem o vírus em seus organismos, mas tenham tido “falsos negativos ao realizar os exames enquanto seus sistemas imunológicos combatiam o inimigo. Existe ainda a tese de reativação do vírus, mas os primeiros estudos realizados trazem otimismo.

Os órgãos médicos da Coreia do Sul, cujos casos registrados permanecem em queda, têm realizado, em sua maioria, testes de reação em cadeia da polimerase (PCR) em casos suspeitos. Mas investigando pessoas que parecem sofrer uma recaída, o KCDC passou a adotar testes de culturas do vírus, um processo mais complexo, que leva mais de duas semanas para obter resultados confiáveis.

Até agora, os exames de cultura estão em andamento para 39 casos e todos os seis já concluídos foram negativos. “Isso significa que o vírus nos casos de recaída tem pouca ou nenhuma infecciosidade”, disse o diretor do KCDC, Jeong Eun-kyeong. Ele, no entanto, descartou a ideia de substituir os testes de PCR por testes de cultura para determinar se um paciente se recuperou completamente, devido à quantidade de tempo e recursos necessários.

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A Coreia do Sul foi o primeiro país após a China a enfrentar um grande surto e vem colhendo bons resultados após adotar uma série de medidas para conter a pandemia, como a distribuição de testes e rígidas normas de distanciamento social. De acordo com dados mais recentes da Universidade Johns Hopkings, a Coreia do Sul tem pouco mais de 10.000 casos confirmados, com 238 mortes.

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