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Coreia do Norte poderá lançar míssil intercontinental em 2018

Constatação do Pentágono acontece ao mesmo tempo em que o governo norte-coreano ameaça Estados Unidos com ataque no "coração do país"

Por Da redação
Atualizado em 28 jul 2017, 14h31 - Publicado em 25 jul 2017, 18h49

Os avanços da Coreia do Norte no desenvolvimento de um míssil balístico intercontinental com capacidade nuclear podem ser maiores do que se pensava. Pyongyang será capaz produzir um míssil nuclear com potencial para atingir os Estados Unidos já no início de 2018, dois anos antes do prazo previsto anteriormente, informou nesta terça-feira o jornal The Washington Post, que cita fontes oficiais não identificadas da Agência de Inteligência de Defesa (DIA) do PentágonoA publicação acontece no mesmo dia em que o governo norte-coreano ameaçou lançar um ataque “no coração dos Estados Unidos”, caso o presidente Donald Trump tente realizar alguma mudança no regime de Kim Jong-un.

“Se os Estados Unidos se atreverem a mostrar até o menor sinal de tentativa de remover nossa liderança suprema, lançaremos um golpe implacável no coração dos Estados Unidos com o nosso poderoso aparato nuclear”, informou a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA nesta terça-feira. A advertência é uma resposta às declarações feitas na semana passada pelo diretor da CIA, Mike Pompeo, que fez alusão à possibilidade de uma mudança no regime norte-coreano. “[As observações de Pompeo] passaram do limite, e agora ficou claro que o objetivo final do governo Trump é a mudança de regime”, afirmou a agência.

Novo teste

Os Estados Unidos e a Coreia do Sul suspeitam de que a Coreia do Norte esteja preparando um novo lançamento de míssil de longo alcance, a apenas dois dias do 64º aniversário do fim da Guerra da Coreia, e poucas semanas depois do primeiro lançamento bem-sucedido de um míssil intercontinental (ICBM). “Há uma forte possibilidade de que o Norte realize um teste perto da data do Armistício de 27 de julho”, declarou uma fonte do governo de Seul à agência de notícias sul-coreana Yonhap, acrescentando que foram observados movimentos de transporte de sistemas de lançamento.

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O primeiro lançamento bem-sucedido do ICBM, em 4 de julho, dia da Independência americana, foi classificado como “um presente para os malditos americanos” pelo presidente norte-coreano. Na semana passada, ele se negou a aceitar a oferta de diálogo da Coreia do Sul para apaziguar a tensão regional.

Os últimos lançamentos de mísseis realizados pela Coreia do Norte demonstraram avanços técnicos surpreendentes, segundo especialistas americanos. Para o Pentágono, os testes de Pyongyang indicam que o programa nucelar do país avançará para a linha de montagem no próximo ano. Um dos poucos obstáculos que ainda resta para Kim Jong-un é a capacidade de projetar o míssil sem danificar a ogiva nuclear. “No último ano eles desenvolveram capacidades que não tinham, inclusive algumas que pensávamos que eles demorariam anos para obter”, disse Joseph DeTrani, ex-gerente de missão da Coreia do Norte para o Escritório de Inteligência Nacional, ao Washington Post.

A situação deixa os líderes dos Estados Unidos e da Ásia ainda mais pressionados a interromper o progresso norte coreano para evitar possíveis ameaças nucleares no mundo.  Trump durante sua visita à Polônia no início deste mês prometeu confrontar o forte de Pyongyang para impedir os avanços do país.

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Hwasong-14

No início deste mês a Coreia do Norte realizou seu primeiro teste intercontinental bem-sucedido. O lançamento do míssil “Hwasong-14” fez parte de uma série de testes que revelaram avanços surpreendentemente rápidos em vários campos técnicos, como o domínio da tecnologia de combustível sólido e do lançamento de mísseis a partir de submarinos.

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