O Conselho de Segurança da ONU rejeitou neste sábado uma resolução apresentada pela Rússia para condenar o ataque lançado durante a madrugada contra a Síria por Estados Unidos, Reino Unido e França.
A minuta da resolução considerava que o ataque representa uma violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas e pedia às três nações que evitem no futuro o uso da força contra o regime de Bashar al Assad.
O texto também expressava a “grave preocupação” pela “agressão” contra a soberania territorial da Síria e solicitava à comunidade internacional que permitisse os trabalhos de uma equipe de especialistas que chegou hoje a esse país para investigar denúncias sobre o suposto uso de armas químicas no último dia 7 de abril.
O documento só conseguiu o apoio de três representantes do Conselho (Rússia, Bolívia e China), enquanto quatro se abstiveram (Peru, Cazaquistão, Etiópia e Guiné Equatorial).
Votaram contra os outros oito integrantes (EUA, Reino Unido, França, Suécia, Costa do Marfim, Kuwait, Holanda e Polônia) — a resolução não foi aprovada por não obter o mínimo de nove votos necessários e por ter recebido votos contrários de EUA, França e Reino Unido, países detentores de veto no órgão máximo da ONU.
Entre os que informaram sua posição estava o representante da Suécia, Olof Skoog, que disse que tinha votado contra por considerar que o texto “não estava equilibrado” e não atendia às principais preocupações do seu país.
A votação aconteceu na parte final de reunião convocada com urgência para analisar a situação na Síria após os ataques.
O embaixador russo, Vasyl Nebenzia, cujo país pediu a convocação desta reunião, havia antecipado sua intenção de levar ao Conselho este projeto de resolução, que tinha escassas possibilidades de ser aprovado.