Pelo menos 700 pessoas foram obrigadas a deixar suas casas na zona rural de Tumaco, cidade da Colômbia perto da fronteira com o Equador, por causa de confrontos entre grupos armados no último dia 16, informou nesta quarta-feira, 23, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
O OCHA detalhou em um boletim que os afetados fazem parte de comunidades afro-colombianas e indígenas que vivem em oito casarios de Tumaco. Trata-se do município com mais hectares de cultivo de coca da Colômbia.
Neste momento, as 263 famílias deslocadas estão abrigadas em casas de familiares e amigos, assim como em hotéis da cidade. O Escritório afirmou que o número de pessoas deslocadas pode aumentar quando as autoridades locais terminarem o censo que está sendo elaborado na região.
Tumaco é uma das áreas mais conflituosas do país, onde dissidências das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN) e uma dúzia de grupos criminosos tentam estabelecer seu domínio.
O caso de Tumaco ocorreu na véspera da mais devastadora ação do ELN que, diante da suspensão das negociações de paz com o governo, atacou com um carro bomba a Academia da Polícia Nacional em Bogotá, no dia 17. O atentado provocou a morte de 21 pessoas e ferimentos em outras 67. O ELN assumiu a autoria do ataque.
(Com EFE)