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Complô de extrema direita planejava sequestrar mais um governador nos EUA

Conspiração que tinha governadora do Michigan como alvo, frustrada pelo FBI, também mirava governador da Virgínia, o democrata Ralph Northam

Por Da Redação
13 out 2020, 17h11

Richard Trask, agente do FBI, testemunhou nesta terça-feira, 13, que o grupo de extrema direita que planejava sequestrar a governadora do Michigan, a democrata Gretchen Whitmer, também tinha como alvo o governador da Virgínia, Ralph Northam, outro democrata. O depoimento faz parte da audiência que acusa seis homens de crimes federais – outros sete homens, acusados de crimes estaduais, fazem parte de uma milícia chamada Wolverine Watchmen.

Durante uma investigação de vários grupos anti-governo, o FBI descobriu uma reunião no dia 6 de junho, no estado de Ohio. Trask afirmou que 15 indivíduos de “quatro ou cinco” estados participaram do encontro de extrema direita.

“Eles discutiram possíveis alvos, sequestrar um governador em exercício, especificamente a governadora de Michigan e o da Virgínia, com base nas ordens de lockdown”, disse Trask, acrescentando que os participantes estavam insatisfeitos com as respostas dos governadores à pandemia de coronavírus.

O FBI afirmou que, durante a investigação, alertou a equipe de segurança do governador sobre o complô. A porta-voz de Northam, Alena Yarmosky, disse que nem ele nem os demais membros de sua equipe foram informados, segundo os protocolos de segurança, completando que nunca esteve em perigo iminente e que as medidas de segurança foram reforçadas.

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“Esta é a realidade: o presidente Trump convocou seus partidários em abril ,pedindo para que ‘LIBERTEM A VIRGÍNIA’, assim como Michigan. Na verdade, o presidente incentiva regularmente a violência contra aqueles que discordam dele. A retórica que sai desta Casa Branca tem consequências sérias e potencialmente mortais. Isso precisa parar”, disse Yarmosky, em comunicado, referindo-se a tuítes em que Trump encorajou manifestantes a se oporem às restrições contra o coronavírus na Virgínia, Michigan e Minnesota.

Após as prisões na quinta-feira 8, a Casa Branca disse que o presidente condena o ódio. “Eu não tolero NENHUMA violência extrema”, disse Trump no Twitter.

No caso de Michigan, autoridades confirmaram a tentativa de retaliação a Gretchen Whitmer, devido ao que os extremistas consideravam seu “poder descontrolado” durante a pandemia do coronavírus. A tentativa foi duramente criticada por republicanos, conservadores e pelo presidente.

A capital foi palco de protestos, incluindo alguns com manifestantes armados pedindo sua remoção. No fim de setembro, manifestantes armados entraram no Congresso do estado para exigir um relaxamento das medidas sanitárias.

Os milicianos envolvidos no complô de sequestro acusaram a governadora de “tirana”. Ligados ao grupo paramilitar Wolverine Watchmen, foram acusados de tentar invadir a sede do governo do Michigan, fornecer materiais para a operação e buscar incitar uma “guerra civil”.

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O nome do grupo pode fazer referência à série da HBO “Watchmen”, em que um grupo de milícia executa um ataque coordenado, invadindo as casas de policiais e os matando, antes de assumir o governo do estado. Documentos judiciais alegam que Wolverine Watchmen começou a recrutar membros em novembro de 2020, logo após a estreia do programa, inspirado na novela gráfica de mesmo nome.

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