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Comoção: chinês chega com cabelo congelado ao caminhar à escola

Wang Fuman precisa caminhar 4,5 km todos os dias para chegar à escola, muitas vezes sob temperaturas negativas

Por Da redação
Atualizado em 12 jan 2018, 21h58 - Publicado em 12 jan 2018, 20h20

A foto de um menino chinês de oito anos chegando à escola com os cabelos e sobrancelhas congelados comoveu a internet durante a última semana, e chamou a atenção para a atual situação de pobreza em que vivem muitas famílias no país, apesar dos enormes avanços da China nas últimas décadas.

Wang Fuman caminha 4,5 km todos os dias para assistir suas aulas. No dia em que a foto foi tirada, fazia 9 graus negativos na cidade em que mora, na zona rural de Ludian, na província de Yunnan, no sudoeste da China. Depois de enfrentar temperaturas negativas no caminho, o menino ainda estuda em uma classe sem aquecimento.

A professora de Wang tirou a foto e a enviou para o diretor da escola e algumas outras pessoas próximas segundo a imprensa local. A imagem chamou a atenção de jornais e televisões chinesas e acabou viralizando na internet.

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Milhares de usuários da popular rede social chinesa Sina Weibo compartilharam as fotos usando a hashtag #IceBoy (Garoto de Gelo, em português). Uma postagem do jornal estatal People’s Daily recebeu mais de 277.000 likes na plataforma.

Além da foto em que o garoto aparece com os cabelos congelados e as bochechas vermelhas, queimadas pelo frio, uma imagem de suas mãos machucadas também viralizou nas redes sociais pelo mundo.

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Garoto chinês enfrenta neve pra chegar à escola
As mãos do garoto chinês Wang Fuman, que ficou conhecido como “Menino Congelado” (//Reprodução)

As fotos foram tiradas no primeiro dia de provas da escola de Wang. O menino usava roupas leves, impróprias para as baixas temperaturas do inverno chinês.

O episódio chamou atenção à pobreza e precariedade do interior do país, que ainda possui enormes desigualdades entre as elites urbanas de suas mega-cidades futurísticas e sua população rural. Por causa das imagens, a escola recebeu doações de agasalhos e dinheiro para melhorar o aquecimento do edifício.

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