Faltando apenas uma semana para a eleição presidencial nos Estados Unidos, as pesquisas que medem a intenção de voto dos eleitores apontam um cenário acirrado na disputa entre Kamala Harris e Donald Trump, com empate técnico entre os candidatos.
Nos sete estados decisivos, os chamados swing states — Wisconsin, Michigan, Pensilvânia, Geórgia, Nevada, Arizona e Carolina do Norte —, onde a preferência por democratas e republicanos se alterna, a briga por eleitores ainda não tem um vencedor claro, segundo uma pesquisa do jornal The Washington Post em parceria com a Schar School divulgada na semana passada.
Enquanto isso, a última pesquisa do jornal The New York Times revelou que a preferência por Harris pode ter diminuído desde seu último levantamento, no início de outubro. Na época, ela tinha uma ligeira vantagem (49% a 46%). A mudança está dentro da margem de erro, mas o agregador FiveThirtyEight, que faz uma média nacional de pesquisas, também registrou um aperto da margem nas últimas semanas: no início de outubro, ela estava à frente de Trump por 48,5% a 45,7%; agora, caiu para 48,1% a 46,4%. Isso sugere que a disputa ficou ainda mais acirrada.
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Apesar de incerto, o resultado não é bom sinal para Harris. Em eleições recentes, os democratas tiveram vantagem em nível nacional, mesmo quando perderam o colégio eleitoral e, portanto, a Casa Branca. Isso porque, nos Estados Unidos, vence a corrida quem obtém mais votos dos chamados delegados, e cada estado americano tem um número de delegados proporcional à sua população. A esperança da campanha, neste ano, era que Harris construísse uma superioridade nacional, o que poderia sinalizar bons resultados nos estados-chave.
Vantagem insólita
O ex-presidente aparece 2 e 2,2 pontos percentuais, respectivamente, à frente de Harris na Geórgia e no Arizona, de acordo com o FiveThirtyEight. Ambos os estados tiveram historicamente maioria republicana, apesar de o presidente Joe Biden ter saído vitorioso em ambos em 2020.
Neste domingo, Trump atingiu sua maior chance de vitória nas eleições presidenciais desde agosto, segundo uma projeção da revista britânica The Economist. A pesquisa apontou 55% de probabilidade de o candidato republicano sair vitorioso, contra 45% da vice-presidente.
A candidata democrata, por sua vez, tem o apoio da maioria das mulheres americanas (53%), de acordo com a pesquisa do NYT. Por outro lado, 53% dos homens disseram que votariam em Trump, contra 41% das mulheres.