Com nova ofensiva russa no horizonte, Alemanha aumenta produção de munição
Ministro da Defesa da Alemanha afirma que o envio das munições à Ucrânia é mais importante que o pedido por aviões caça a jato
O ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, afirmou nesta terça-feira, 14, que vai aumentar a produção de munição à luz depois do prelúdio de uma nova ofensiva russa na Ucrânia.
Em Bruxelas, antes de uma reunião de dois dias com os ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Pistorius destacou os crescentes esforços da Rússia para “recuperar a iniciativa em Donbas”. Para ele, a defesa aérea e o abastecimento das munições são “muito mais importantes do que os caças a jato”.
O chefe da Otan, Jens Stoltenberg, também disse nesta terça-feira que há uma “necessidade urgente” da organização de fornecer apoio militar prometido à Ucrânia, em vez de discutir sobre a decisão de enviar os caças modernos.
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Mesmo já tendo recebido uma resposta positiva do fornecimento de tanques produzidos pela Alemanha e Estados Unidos, o pedido dos caças foi feito pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em um discurso apelativo ao Parlamento Britânico no dia 8 de fevereiro. No dia seguinte, o ucraniano afirmou em uma cúpula com os líderes europeus, em Bruxelas, que algumas autoridades da Europa já tinham prometido o envio da ajuda bélica.
Pistorius anunciou que a Alemanha assinou contratos com fabricantes de munição para fornecer os sistemas de defesa aérea Gepard entregues à Ucrânia. Já em relação a outras munições, o ministro reiterou que só poderia pedir “à indústria de defesa que aumente a produção rapidamente”. Com o novo risco de escalada batendo na porta, ele alertou que cada passo dado pelos aliados da Otan precisa ser avaliado cuidadosamente.
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“Acredito que não haverá um fim de curto prazo para a guerra, nenhum vencedor de curto prazo”, acrescentou Pistorius.
Nesta segunda-feira, Moscou intensificou os ataques em Bakhmut. As investidas lideradas pelo grupo de mercenários Wagner já resultaram na morte de 7.199 civis. Atualmente, conquistar a região é o principal objetivo do presidente russo, Vladimir Putin, já que a captura do local daria ao país uma posição estratégica em Donetsk e uma rara vitória depois de meses conflituosos para ambos os lados.