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Com mísseis e drones, Rússia tenta resistir a invasão ucraniana no país

Forças russas lançaram ataque aéreo contra as tropas da Ucrânia que avançam na região de Kursk, perto da fronteira entre as nações vizinhas

Por Da Redação
Atualizado em 13 ago 2024, 17h02 - Publicado em 13 ago 2024, 13h14
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  • As forças da Rússia lançaram um ataque aéreo com mísseis e drones contra as tropas ucranianas na região de Kursk nesta terça-feira, 13, com o objetivo de impedir o avanço da incursão da Ucrânia no território russo, de acordo com o Ministério da Defesa do país.

    A pasta publicou um vídeo mostrando bombardeiros Sukhoi Su-34 atingindo o que o órgão disse serem tropas ucranianas em Kursk, acrescentando que repeliu ataques em vilarejos russos a cerca de 28 km da fronteira.

    “A viagem descontrolada do inimigo já foi interrompida”, disse o major general Apti Alaudinov, comandante da unidade de forças especiais Chechen Akhmat. “O inimigo já está ciente de que o Blitzkrieg (termo alemão para guerra-relâmpago) que planejou não deu certo.”

    Segundo o ministério russo, um total de 35 tanques, 31 veículos blindados de transporte de pessoal, 18 veículos de combate de infantaria e 179 outros veículos blindados do exército ucraniano foram destruídos desde o ataque-surpresa ucraniano ao território russo, há uma semana. 

    O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), um grupo de estudos sediado em Washington, disse, porém, que imagens geolocalizadas mostram que as alegações russas de que o ataque havia se estabilizado são falsas, já que as forças de Kiev ainda estavam avançando.

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    Incursão ucraniana

    Na última terça-feira, 6, milhares de soldados ucranianos invadiram a região fronteiriça de Kursk, dando início à incursão mais profunda da Ucrânia no território inimigo em quase dois anos e meio de guerra.

    O chefe das forças armadas ucranianas, Oleksandr Syrskyi, disse na segunda-feira que a Ucrânia assumiu o controle de cerca de 1.000 quilômetros quadrados do território russo, forçando cerca de 121 mil pessoas a deixarem Kursk em meio aos combates. O Ministério de Emergências da Rússia comunicou ter criado 400 abrigos temporários em todo o país para receber cerca de 30 mil cidadãos forçados a fugir da ofensiva.

    No sábado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, admitiu pela primeira vez desde o início da guerra que seu exército havia lançado uma incursão em território russo para “restaurar a justiça” e pressionar as forças de Moscou. “A Rússia levou a guerra para os outros, agora ela está voltando para casa”, disparou.

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    Seu homólogo russo, Vladimir Putin, por sua vez, prometeu “expulsar o inimigo” de dentro da Rússia, afirmando que a Ucrânia receberá uma “resposta digna” à sua incursão. Ele também acusou o Ocidente de estar usando a Ucrânia para travar uma guerra por procuração, argumentando que a incursão em Kursk era uma tentativa de desestabilizar seu país.

    No entanto, aliados ocidentais da Ucrânia disseram que não receberam nenhum aviso prévio sobre a invasão do território russo.

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