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Com missão de salvar economia, ‘superministro’ é empossado na Argentina

Sergio Massa terá como desafio a mais alta inflação dos últimos 30 anos, que pode chegar a 90% até o final de 2022

Por Matheus Deccache Atualizado em 4 ago 2022, 01h06 - Publicado em 3 ago 2022, 21h14

O novo ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, tomou posse de maneira oficial nesta quarta-feira, 3, e anunciou uma série de medidas para tentar conter a alta inflação que atinge o país, a mais alta dos últimos 30 anos e que pode chegar a 90% até o final do ano. Ele assume o lugar de Silvina Batakis, que ocupou o cargo por apenas 24 dias. 

Massa deixa a presidência da Câmara dos Deputados para assumir um novo “superministério”, que unifica as pastas da Economia, Desenvolvimento e Agricultura, Pecuária e Pesca. A decisão é vista como uma cartada final do atual governo para tentar recuperar a economia e, na prática, a confiança na Presidência. 

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“A Argentina tem a oportunidade de se tornar um grande player se quiser. O desafio é enorme e, embora haja muitas dificuldades, o contexto global pode se transformar em uma oportunidade para nós”, disse em seu primeiro discurso como ministro. 

Ele completou dizendo que não é nenhum super-herói, mago ou salvador e lembrou que o país “não é rico, mas que tem recursos em processo de desenvolvimento”. Os pilares do novo plano, segundo o novo ministro, serão: ordem fiscal, sustentar o comércio excedentes e reforçar as reservas.

Em março, o índice de inflação da Argentina foi de 6,7%, o segundo mais alto do mundo, atrás apenas da Rússia em guerra (7,6%). Em abril, o Banco Central os elevou pela quarta vez e a taxa anual chegou a 47%, um recorde.

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Outro grande problema para Buenos Aires é o acordo com o Fundo Monetário Internacional para pagar o empréstimo que o ex-presidente Mauricio Macri pegou em 2018, totalizando 57 bilhões de dólares. Em janeiro deste ano, o atual presidente Alberto Fernández anunciou a reestruturação das dívidas.

Nesta quarta-feira, Massa se comprometeu a cumprir a meta de déficit fiscal de 2,5% do PIB estabelecida no acordo feito com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

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No que diz respeito às exportações, haverá um avanço nas cadeias de valor da pesca, agricultura, mineração e outras, que devem gerar nos próximos 60 dias cerca de cinco bilhões de dólares nas reservas do Banco Central da Argentina. Além disso, serão desembolsados 1,2 bilhão de dólares com organismos internacionais para programas já em vigor e um novo programa junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina trará mais 750 bilhões aos cofres públicos. 

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Massa informou também que há quatro ofertas de recompra de dívida para reforço de reservas e recompra de dívida soberana de três instituições financeiras internacionais e um fundo soberano. Em relação ao mercado internacional, uma primeira reunião com o FMI aconteceu já nesta quarta e uma viagem ao exterior está programada para agosto.

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Por fim, ele irá propor uma política de reorganização dos planos sociais nos próximos 12 meses com três eixos: retorno ao mercado de trabalho, fortalecimento das cooperativas e proteção em caso de vulnerabilidade. 

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