Os Estados Unidos fecharam, nesta quinta-feira, 2, um acordo com as Filipinas para acessar quatro bases militares da nação-arquipélago, completando um arco em torno da China. Com as bases adicionais, o exército americano poderá monitorar os chineses no Mar da China Meridional e ao redor de Taiwan.
As Filipinas eram o país que faltava para preencher uma lacuna no arco de alianças de Washington, que se estende desde a Coreia do Sul e Japão, no norte da Ásia, até a Austrália, no sul. A nação faz fronteira com dois dos maiores pontos de conflito em potencial da área: Taiwan e o Mar da China Meridional.
O acordo também reverte em parte a saída dos Estados Unidos de sua ex-colônia, há mais de 30 anos. Nos anos 1980, as Filipinas abrigavam 15 mil soldados americanos e duas das maiores bases militares americanas na Ásia.
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Embora já tivesse acesso limitado a cinco locais no arquipélago, sob o Acordo de Cooperação em Defesa Aprimorada (EDCA), Washington disse, em comunicado, que as novas bases “permitirão um apoio mais rápido para desastres humanitários e climáticos nas Filipinas, e responder a outros desafios compartilhados”, uma referência velada às tensões com a China.
A declaração veio depois que o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, se encontrou com o presidente filipino, Ferdinand “Bongbong” Marcos Jr., em Manila nesta quinta-feira.
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Autoridades americanas não especificaram onde estão as novas bases, mas três delas devem estar em Luzon, uma ilha no extremo norte das Filipinas, o único grande pedaço de terra perto de Taiwan.