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Com a pandemia, cerca de 6.000 venezuelanos voltaram do Brasil

Muitos dos refugiados eram dependentes de renda informal e viram suas condições de vida serem afetadas pelo coronavírus

Por Da Redação
Atualizado em 5 mar 2021, 09h39 - Publicado em 10 set 2020, 09h34
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  • Cerca de 111.000 venezuelanos retornaram ao seu país natal do Brasil e da Colômbia devido à pandemia no Brasil de Covid-19, revelou nesta quarta-feira 9 a Organização dos Estados Americanos (OEA). Dependentes da renda informal, muitos dos refugiados foram despejados, sem ter um lugar para viver e passar o isolamento.

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    “Até o momento, foram registrados aproximadamente 105.000 retornos da Colômbia e 6.000 do Brasil, segundo números oficiais”, afirma o relatório “Situação dos venezuelanos que retornaram e buscam voltar ao país no contexto da Covid-19”, divulgado em Washington.

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    O documento analisa a crise migratória venezuelana, com mais de 5,1 milhões de pessoas que abandonaram o país desde 2015, e como a pandemia de Covid-19 aumentou as dificuldades enfrentadas nos locais de refúgio como consequências das medidas para evitar a propagação do coronavírus Sars-CoV-2.

    “A informalidade econômica é uma das principais características da população migrante e refugiada na região, com uma taxa mais elevada de quem participa e vive na economia informal do que na economia formal”, indica o estudo.

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    A OEA explicou que, como resultado da informalidade econômica, as fontes de renda dessas pessoas “foram substancialmente afetadas, fazendo com que milhares de famílias de migrantes e refugiados venezuelanos fossem despejadas, deixando-as sem um lugar para viver e onde passar o confinamento”.

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    Além disso, muitos “geralmente não têm acesso aos sistemas de saúde” devido à “condição de irregularidade”. Sendo assim, milhares de venezuelanos tiveram que retornar ao país natal, e foram assistidos pelos países da região.

    Na Colômbia, o documento reporta que em março “foi criado um corredor humanitário para permitir o regresso dos venezuelanos, através do qual passaram 27.000 pessoas”, enquanto em abril foram implementadas mais três etapas.

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    Fechamento da fronteira

    No entanto, a OEA advertiu que “o fechamento intermitente e arbitrário” da fronteira pelo governo do presidente venezuelano, Nicolas Maduro, “agravou a situação de vulnerabilidade das pessoas que esperam para regressar ao país, configurando a sistematização das violações dos seus direitos humanos”.

    O governo venezuelano impôs um rigoroso confinamento no país e bloqueou suas fronteiras para evitar o contágio de seus cidadãos por pessoas vindas do exterior. Em outros países que adotaram a mesma política, porém, os nacionais são liberados para retornar à sua nação, desde que cumpram quarentena obrigatória.

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    Outra questão é a situação daqueles que permanecem em aeroportos e países diferentes devido à pandemia. “O panorama está piorando a cada dia para os venezuelanos que estão encalhados, cuja situação é de total incerteza, sem pronunciamentos favoráveis e sem esperança de poder voltar”, detalha o relatório.

    Neste contexto, a OEA pediu à comunidade internacional que “ajude a tornar visível a situação em que os venezuelanos encalhados se encontram”, e que se una para explorar “diferentes vias humanitárias para a proteção dos venezuelanos que tentam exercer o seu direito de regresso ao país”.

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    (Com EFE)

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