Clique e Assine VEJA por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Coalizão liderada por sauditas comete crimes de guerra no Iêmen, diz AI

Anistia Internacional adverte que demora na distribuição de alimentos e assistência humanitária para população civil viola o direito internacional

Por Da Redação
Atualizado em 22 jun 2018, 16h01 - Publicado em 22 jun 2018, 15h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A coalizão árabe comandada pela Arábia Saudita pode ter cometido crimes de guerra no Iêmen ao “endurecer as restrições” à entrada de bens essenciais ao país, advertiu nesta sexta-feira (22) a Anistia Internacional (AI).

    Publicidade

    A órgão não-governamental também acusou os rebeldes houthis de provocar atrasos “excessivos” e “arbitrários” na distribuição de alimentos e remédios e de assistência humanitária nas zonas em risco de crise de fome.

    Publicidade

    “Milhões de vidas correm perigo no Iêmen devido às restrições impostas pela coalizão dirigida pela Arábia Saudita à entrada de bens essenciais — como alimentos, combustível e material médico — nesse país assolado pela guerra e pelos atrasos causados pelas autoridades houthis na distribuição do que entra”, advertiu a Anistia Internacional por meio de comunicado.

    Nos últimos dias, a estratégica cidade portuária de Al-Hodeidah tornou-se o principal alvo dos ataques da coalizão. A cidade é controlada pelos houthis. Para lá fluíram milhares de iemenitas, em fuga dos bombardeios em outras localidades e em busca de alimentos. Para a AI, o quadro local “agrava a já difícil situação humanitária no Iêmen e viola o direito internacional”.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    “Estas limitações estão tendo consequências cada vez mais graves para a população civil, pois há milhões de pessoas que estão à beira da crise de fome e necessitam de assistência humanitária”, afirmou a diretora de investigação da Anistia Internacional para o Oriente Médio, Lynn Maalouf.

    Concretamente, a AI acusa a coalizão de atrasar o desembarque da ajuda humanitária no porto de Al-Hodeidah impondo revisões das cargas. O comando da coalizão suspeita da entrega de armas iranianas para os houthis, entre o material de assistência humanitária.

    Publicidade

    “Estas inspeções excessivas estão tendo um efeito catastrófico no Iêmen. Ao atrasar o fornecimento ao país de bens essenciais, como combustível e remédios, a coalizão dirigida pela Arábia Saudita está abusando de seu poder para aplicar cruelmente um sofrimento adicional às populações civis mais vulneráveis do Iêmen”, acrescentou Maalouf.

    A responsável da AI para o Oriente Médio advertiu também que “os bloqueios que causam dano substancial e desproporcional aos civis são proibidos pelo direito internacional”.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Além disso, Maalouf pediu aos houthis a eliminação “dos obstáculos que impedem o envio de ajuda humanitária e a implementação de projetos humanitários” e a adoção de medidas para acabar com as “extorsões” sofridas por organizações humanitárias para poder realizar seu trabalho.

    As forças leais ao Abdo Rabu Mansour Hadi, presidente do Iêmen, contam com o apoio da coalizão árabe capitaneada por Riad e estão dispostas a lançar uma grande ofensiva sobre Al-Hodeidah. Na cidade, controlada pelos houthis desde 2014, vivem  600 mil pessoas. No seu porto, são desembarcadas 70% das provisões básicas e alimentos do país.

    Publicidade

    (Com EFE)

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 9,90/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.