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China usa incêndios no Havaí para disseminar desinformação sobre EUA

Investigadores descobriram publicações em massa culpando nova "arma meteorológica"

Por Da Redação
18 set 2023, 12h06

Uma campanha de influência da China espalhou notícias de que os incêndios no Havaí foram resultado de uma “arma meteorológica” secreta que estava sendo testada pelos Estados Unidos. A tática sugere que Pequim está tentando semear discórdia em Washington, de acordo investigadores da Microsoft, Recorded Future, RAND Corporation, NewsGuard e Universidade de Maryland.

Para reforçar as informações, as publicações continham fotografias que pareciam ter sido geradas por programas de inteligência artificial, marcando uma mudança de tática da China, que se tornou um dos países pioneiros a utilizar as novas ferramentas para reforçar uma campanha de desinformação. Até o momento, os esforços haviam se concentrado na amplificação da propaganda em defesa das suas políticas sobre Taiwan.

“Simplesmente não creio que isso seja digno de qualquer país, muito menos de qualquer país que aspire a ser um grande país”, disse Brad Smith, vice-presidente da Microsoft, ao jornal The New York Times.

A Recorded Future, uma empresa de segurança cibernética, identificou numerosas postagens em meados de agosto alegando falsamente que o MI6, o serviço de inteligência do Reino Unido, havia revelado “a surpreendente verdade por trás do incêndio florestal”. Contas falsas espalharam o conteúdo nas redes sociais, que vinha acompanhado de vídeos com rótulos incorretos e imagens geradas artificialmente dos incêndios florestais no Havaí.

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+ China envia chanceler à Rússia para negociações na área de segurança

A promoção de uma teoria da conspiração sobre os incêndios ocorre depois do presidente americano, Joe Biden, ter conversado com o líder chinês, Xi Jinping, no ano passado, sobre a propagação de desinformação. De acordo com funcionários do governo, Biden criticou Pequim pela disseminação de falsas acusações de que os Estados Unidos operavam laboratórios de armas biológicas na Ucrânia.

A mudança também aconteceu no momento em que o Congresso está tentando decidir como reagir à China sem levar os dois países a um conflito. Além disso, legisladores americanos discutem como reduzir os riscos de desinformação que a inteligência artificial pode causar.

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“Isso está tomando uma nova direção, que está ampliando as teorias da conspiração que não estão diretamente relacionadas a alguns de seus interesses, como Taiwan”, disse Brian Liston, pesquisador da Recorded Future, ao NYT.

A China não foi o único país a fazer uso político dos incêndios em Maui. A Rússia também divulgou informações que enfatizavam quanto dinheiro os Estados Unidos estavam gastando na guerra na Ucrânia e sugeriam que os dólares seriam melhor gastos em uma campanha de ajuda humanitária no próprio país.

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Não há indicação de que Pequim e Moscou planejam trabalhar juntos em uma operações de desinformação, mas muitas vezes fazem eco das mensagens uma da outra, especialmente quando se trata de criticar as políticas dos EUA. Analistas acreditam que esforços combinados sugerem que uma nova fase da guerra de informação está prestes a começar e o uso IA reforça esta opinião.

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