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China é acusada de inundar redes sociais com spam para censurar protestos

Tentativa de abafar publicações contra política de Covid Zero foi revelada por empresa americana de segurança cibernética

Por Da Redação
5 dez 2022, 20h13

Uma tentativa de inundar as plataformas de redes sociais com spam para abafar publicações sobre os protestos contra a política de Covid Zero na China foi provavelmente apoiada por Pequim, de acordo com uma análise de uma empresa americana de segurança cibernética, citada pelo jornal britânico The Guardian.

A análise, publicada nesta segunda-feira, 5, usou o  Twitter como evidência. A rede social teria sido bombardeada por anúncios de prostituição, serviços de namoro, pornografia e videoclipes curtos anunciando vários serviços na semana passada, com foco em usuários chineses.

As redes de milhares de contas falsas tinham como alvo o público chinês e publicavam conteúdo inapropriado com as mesmas hashtags usadas para a cobertura dos protestos. Desta forma, boa parte do conteúdo sobre os principais pontos de manifestações, como Pequim,, Xangai, Guangzhou e Wuhanm, ficou perdida em meio a publicações “aleatórias”.

+ China irá anunciar 10 novas medidas de alívio da Covid-19, diz agência

A análise da Recorded Future encontrou uma disseminação limitada de conteúdo de bots no Facebook e no Instagram, e afirmou que não havia nada notável no TikTok. Em plataformas chinesas, autoridades de Pequim foram capazes de reprimir rapidamente conteúdos “danosos”.

De acordo com a empresa responsável pela pesquisa, alguns sinais que relevam que houve um ataque de contas falsas envolvem o uso de contas recém-criadas com pouco número de seguidores, ou zero, e milhares de perfis criados ao mesmo tempo com nome de usuário semelhantes, por exemplo, nome feminino e números e conteúdo de texto idêntico.

Em alguns casos, as postagens consistem em sequências aleatórias de palavras em inglês com códigos de rastreamento anexados, possivelmente para avaliar quantas postagens foram feitas. Além disso, a maioria dos conteúdos contava com fotos ou vídeos de mulheres asiáticas.

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“Essas redes são resilientes, com bons recursos e ágeis”, explicou Charity Wright, analista sênior da Recorded Future, ao Guardian. “A taxa em que eles estão postando conteúdo e criando novas contas nos diz que eles têm ferramentas de automação para inundar o espaço de informações. Pouquíssimas operações de influência são capazes desse nível de atividade”.

Sob pressão pelos amplos protestos, Pequim deve anunciar na próxima quarta-feira, 7, dez novas medidas mais flexíveis contra a Covid-19o, complementando as 20 já divulgadas em novembro como forma de abrandar a intransigente política de Covid Zero do país, em vigor desde o início da pandemia. A informação foi confirmada por duas fontes governamentais à agência de notícias Reuters.

O alongamento das duras medidas restritivas continuam prejudicando a economia chinesa e desencadeou a maior onda de protestos no país desde que o atual presidente, Xi Jinping, assumiu o poder em 2012. 

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