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China acusa EUA de usar oposição a lockdown de Xangai como arma política

Para autoridades chinesas, retirada de funcionários do consulado dos EUA por temores de medidas restritivas está 'manchando imagem do país'

Por Da Redação
Atualizado em 13 abr 2022, 10h52 - Publicado em 13 abr 2022, 10h51
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  • A China acusou nesta quarta-feira, 13, os Estados Unidos de politizar políticas sanitárias chinesas, depois que a Casa Branca ordenou que seus funcionários deixassem o consulado de Xangai por conta do lockdown contra a Covid-19.

    Na segunda-feira, o Departamento de Estado americano comandou a saída de funcionários e suas famílias da cidade de 25 milhões de habitantes, devido a um aumento nos casos de Covid-19 e “ao impacto das restrições relacionadas à resposta da China contra a pandemia”, segundo comunicado.

    Uma recomendação contra viagens à China também insta os americanos a “reconsiderar” planos, citando restrições rigorosas como “o risco de pais e filhos serem separados” – houve relatos de famílias que foram separadas devido à infecção de crianças, para prevenir o contágio dos pais.

    + Contra restrições da Covid, EUA tiram funcionários do consulado de Xangai

    A cidade mais populosa da China está sob um bloqueio total há semanas. Muitos estão com dificuldade para acessar itens básicos, como alimentos e cuidados médicos.

    O Ministério das Relações Exteriores da China notificou os Estados Unidos que “se opõe firmemente” à ordem do consulado, disse o porta-voz do ministério Zhao Lijian.

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    “Expressamos forte insatisfação com a politização das evacuações dos Estados Unidos”, disse Zhao, acrescentando que isso está “manchando a imagem China”. Ele também defendeu as políticas sanitárias do país, afirmando que são baseadas na ciência.

    Xangai registrou mais de 26.000 novos casos na segunda-feira 11, o sexto dia consecutivo que o número ultrapassou 20.000, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde da China. Até agora, mais de 320.000 casos foram relatados em 31 províncias – incluindo as de Xangai – desde 1º de março.

    Algumas autoridades chinesas, como o vice-diretor da Comissão Nacional de Saúde, Lei Zhenglong, disseram que o surto de Xangai “não foi efetivamente contido”. Na semana passada, o surto de Xangai se espalhou para cidades próximas, incluindo Hangzhou e Ningbo, na província de Zhejiang. Algumas cidades próximas foram isoladas, incluindo Haining, em Zhejiang, e Kunshan, na província de Jiangsu.

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    + Com ou sem pandemia, Xangai é a nova capital mundial do luxo

    Críticas locais

    Desde que foi introduzido, em 29 de março, o lockdown em Xangai está cercado de controvérsias. O descontentamento público foi exacerbado pela separação de pais e filhos. Também houve relatos de um cachorro de estimação que foi morto por funcionários sanitários depois que seu dono foi infectado pelo coronavírus e entrou em quarentena.

    Na semana passada, Xangai teve protestos contra as restrições. Vídeos postados em redes sociais mostram a população pedindo por suprimentos e remédios. Desde o início da pandemia, a China endureceu as regras de venda e compra de medicamentos para febre, exigindo receita médica e teste com resultado negativo para a Covid-19.

    Na segunda-feira 11, as autoridades de Xangai começaram a flexibilizar as medidas de restrição em bairros que não relataram nenhum caso positivo em 14 dias. No entanto, os moradores só podem sair para necessidades básicas. Também é obrigatório fazer testes duas vezes por semana e lockdown total será reinstaurado se novos casos forem detectados nesses bairro..

    A grande maioria dos 25 milhões de habitantes da cidade ainda está sob lockdown.

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