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Centro-direita vence eleição em Portugal, mas vê ala radical avançar

Aliança Democrática superou o Partido Socialista, de centro-esquerda, e pode se ver obrigada a negociar com o Chega, de extrema direita

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 12h30 - Publicado em 11 mar 2024, 08h47
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  • Democratic Alliance (AD) leader Luis Montenegro celebrates his victory as he addresses supporters at the party's election night headquarters, in Lisbon on March 10, 2024. Portugal's main centre-right party narrowly defeated the incumbent Socialists but fell well short of a majority in a general election today in which far-right Chega surged to become a potential kingmaker. (Photo by MIGUEL RIOPA / AFP)
    O líder da Aliança Democrática (AD), Luis Montenegro, celebra vitória nas eleições, em Lisboa. 10/03/2024 - (Miguel Riopa/AFP)

    A Aliança Democrática (AD), de centro-direita, venceu as eleições em Portugal no domingo 10, conquistando a maioria no Parlamento, mas sem obter o número necessário de assentos para governar sem coalizões. O partido pode se ver obrigado a negociar com o Chega, partido de extrema direita que quase quadruplicou seus parlamentares para 48 (de um total de 230 na assembleia).

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    O resultado sublinha um giro à extrema direita, tendência em toda a Europa que promete se consolidar com as eleições para o parlamento da União Europeia em junho. Portugal, que regressou à democracia há 50 anos após a queda da ditadura fascista de António de Oliveira Salazar, foi por muito tempo considerado imune à ascensão do populismo de direita em todo o continente. Mas o pleito de domingo mostrou o contrário.

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    Xadrez político

    O líder da recém-criada AD, Luís Montenegro, membro do Partido Social Democrata (PSD), comemorou a vitória na madrugada desta segunda-feira diante de uma multidão de apoiadores extasiados. O partido conquistou 79 dos 230 assentos no parlamento.

    “A AD venceu as eleições”, bradou Montenegro, acrescentando que era crucial que os partidos no novo parlamento agissem de forma responsável e “cumprissem o desejo do povo português”.

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    Pedro Nuno Santos, líder do Partido Socialista (PS), de centro-esquerda, e maior rival de Montenegro, admitiu a derrota. Sua legenda, que estava no poder desde 2015, ficou em segundo lugar por uma margem mínima, colhendo 77 assentos. O PS ficou atrás da AD na maioria das pesquisas de opinião, desde que o primeiro-ministro socialista, Antonio Costa, renunciou em novembro, em meio a uma investigação de corrupção. Santos descartou apoiar a AD, cuja agenda inclui cortes fiscais generalizados, e prometeu assumir papel da oposição, que “não pode ficar nas mãos do Chega”.

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    O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, ainda precisa convidar formalmente o líder da AD para formar o governo. Após a vitória, Montenegro reiterou a promessa de não buscar apoio da extrema direita para governar e manifestou esperança de que o PS e o Chega “não formem uma aliança negativa para impedir o governo que os portugueses escolheram”.

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    Na contagem, ainda há quatro assentos livres no parlamento, que  não foram computados porque dependem da contagem final dos votos vindos de portugueses morando no exterior.

    O PS e o PSD, que dirige a AD, se alternaram no poder desde a queda da ditadura, em 1974.

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    Extrema direita

    A campanha de André Ventura, líder do Chega, foi baseada numa narrativa anti-establishment. Ele prometeu acabar com a corrupção e conter o que considera uma imigração “excessiva”.

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    “(A eleição) mostrou claramente que os portugueses querem um governo da AD com o Chega”, disse Ventura, após os resultados. Ele já havia afirmado anteriormente que Montenegro seria responsável por qualquer instabilidade política se continuasse se recusando a negociar com seu partido.

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    Insatisfação

    As questões que dominaram o período eleitoral no país incluem uma crise habitacional paralisante, salários baixos, problemas no sistema de saúde e corrupção, vista por muitos eleitores como endêmica dentro dos principais partidos.

    Ainda assim, sob a liderança do PS, o PIB de Portugal cresceu a taxas anuais sólidas, acima de 2%, e registrou excedentes orçamentais. O dinheiro foi usado para reduzir a dívida pública do país, abaixo de 100% do PIB pela primeira vez em anos, o que rendeu elogios de Bruxelas e de investidores.

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