O governo do Catar anunciou nesta segunda-feira, 27, que todas as partes chegaram a um acordo para estender por mais dois dias a trégua entre Israel e o grupo militante palestino Hamas. O anúncio foi feito pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Doha, Majed Al Ansari, no X, antigo Twitter.
The State of Qatar announces, as part of the ongoing mediation, an agreement has been reached to extend the humanitarian truce for an additional two days in the Gaza Strip.
— د. ماجد محمد الأنصاري Dr. Majed Al Ansari (@majedalansari) November 27, 2023
O acordo que estabeleceu uma trégua temporária na Faixa de Gaza para permitir a libertação de reféns sequestrados pelo Hamas em troca de palestinos detidos em prisões israelenses expiraria na terça-feira, 28, às 7h do horário local (2h em Brasília).
Autoridades de ambos os lados já haviam confirmado interesse em prolongar a trégua para que haja mais libertações de reféns, em sua maioria israelenses, presos em Gaza em troca de prisioneiros palestinos, mulheres e adolescentes condenados por conexão com grupos terroristas.
Sob a extensão, pelo menos mais dez reféns israelenses serão libertados na terça-feira e outros dez serão libertados na quarta, com 30 prisioneiros palestinos a serem libertados por Israel nos mesmos dias.
Até agora, 62 dos mais de 240 reféns – incluindo crianças, idosos, deficientes, soldados e estrangeiros – sequestrados pelo Hamas há quase dois meses foram libertados na operação. Outro foi resgatado pelas forças israelenses anteriormente, e dois foram encontrados mortos dentro de Gaza.
Em contrapartida, um total de 117 palestinos foram soltos desde o início da trégua.
O conflito foi desencadeado quando o Hamas invadiu cidades do sul de Israel, em 7 de outubro, disparando ao menos 300 foguetes contra o país e matando mais de 1.200 pessoas, a maioria civis. Em resposta ao ataque, Israel iniciou uma ofensiva militar ampla contra a Faixa de Gaza por ar, terra e mar, provocando a morte de entre 13 mil e 15 mil palestinos, cerca de dois terços dos quais são mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas. Mais de 1 milhão de pessoas foram forçadas a abandonar suas casas.