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Catalunha vota referendo separatista em meio à tensão

O referendo separatista catalão começou neste domingo com tensão em meio a um forte esquema policial, com vários pontos de votação fechados

Por Da redação
Atualizado em 1 out 2017, 08h37 - Publicado em 1 out 2017, 08h35
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  • O referendo separatista convocado pela região espanhola da Catalunha neste domingo começou com tensão em meio a um forte esquema policial, com vários pontos de votação fechados e irregularidades no modo de votação. Apesar dos problemas, segundo um porta-voz do governo regional, 73% das mesas estavam funcionando por volta das 11h locais (6h no horário de Brasília).

    A consulta separatista convocada pelo governo autônomo catalão em setembro, foi suspensa imediatamente pelo Tribunal Constitucional (TC) e diferentes tribunais ordenaram medidas para que as forças de segurança fechem os locais de votação e confisquem urnas e cédulas eleitorais. De acordo com o governo central, a medida é considerada ilegal, pois os governos regionais não podem convocar referendos para tratar de questões de soberania.

    Em alguns casos, a intervenção de policiais espanhóis e guardas civis gerou momentos de tensão com os manifestantes independentistas e, no centro de Barcelona, houve ações dos policiais contra pessoas que fechavam as ruas e, em um ou outro caso, foram jogados objetos contra os agentes.

    Isso levou as autoridades catalãs, no começo deste domingo, a modificar as normas que tinham emitido anteriormente, de modo que um eleitor pode votar em qualquer colégio da região e não no qual tinha sido atribuído, com cédulas impressas em casa e sem envelope.

    Para o conselheiro catalão de presidência, Jordi Turull, as novas normas configuram um processo eleitoral “com garantias” legais, enquanto fontes do governo espanhol asseguravam que os separatistas “liquidaram qualquer vestígio de respeitabilidade democrática”. Entretanto, a forças de segurança, que ontem bloquearam o centro de informática catalão, anularam o novo sistema anunciado de manhã pelo conselheiro Turull.

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    De acordo com o Ministério do Interior, tudo isto torna difícil saber quantas pessoas estão participando da consulta, já que com essa falta de garantia, uma mesma pessoa poderia votar várias vezes em diferentes lugares.

    Crítica à violência

    O presidente do governo regional da Catalunha, Carles Puigdemont, criticou, após votar no referendo, o que considera o “uso injustificado, irracional e irresponsável da violência” pelo Executivo espanhol e se mostrou convencido que o desejo de votar pacificamente não será impedido.

    O líder catalão, que teve de comparecer a outro centro de votação porque o seu estava ocupado pela polícia e pela Guarda Civil, mencionou os incidentes ocorridos em vários pontos da região, com confrontos entre agentes e cidadãos que queriam votar.

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    Para Puigdemont, essas imagens “envergonharão para sempre” o Estado espanhol e “não deterão o desejo dos catalães de poderem votar pacífica e democraticamente”.

    As autoridades de saúde catalãs asseguraram que nos incidentes em centros de votação da região foram registrados 38 feridos, nenhum em estado grave. Os casos mais comuns são de pessoas com enjoo, crise de ansiedade e contusões.

    (Com EFE)

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