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Casos de Covid-19 no Equador dobram a cada semana e passam de 10.000

Governo tem dificuldades em ver aplicadas as medidas de quarentena; infectados furam as restrições e saem para as ruas e shopping centers

Por Da Redação
Atualizado em 21 abr 2020, 11h40 - Publicado em 21 abr 2020, 11h31

Em um cenário de sistema de saúde sobrecarregado e de setor funerário em colapso, o Equador registrou nessa terça-feira, 21, mais de 10.000 casos de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. O total de contaminados dobra a cada semana no país sul-americano.

O Equador registrou seu primeiro caso de coronavírus no dia 29 de fevereiro e demorou 24 dias para chegar a 1.000 casos, sete dias para alcançar 2.000, mais oito dias para dobrá-los para 4.000 e outros oito dias para alcançar 8.000 contaminados.

Ao todo, o país registra 10.128 infectados e 507 mortes, segundo o Ministério da Saúde. Mas o governo suspeita que outras 82 pessoas morreram devido à doença respiratória. A causa da morte nesses casos, no entanto, nunca foi confirmada.

O governo enfrenta dificuldades para impor as medidas de prevenção em vigor há um mês e, apesar dos casos registrados entre as pessoas que estão em isolamento domiciliar serem considerados estáveis, pessoas infectadas foram flagradas circulando pelas ruas e shopping centers.

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“Somente se as pessoas cumprirem este isolamento de uma maneira disciplinada e comprometida, nós conseguiremos conter o contágio”, disse o vice-ministro da Saúde, Xavier Solórzano, à imprensa.

No início de abril, equatorianos publicaram nas redes sociais fotos e vídeos de pessoas mortas nas ruas. Alguns corpos ficaram por dias a céu aberto diante do colapso do serviço funerário. O governo, como resposta, criou uma canal de comunicação no WhatsApp para que os cidadãos possam solicitar a remoção do falecido e convocou policiais para o trabalho de transporte e sepultamento. As autoridades também ofereceram caixões de papelão para as famílias.

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O Equador é o quarto país com mais casos de Covid-19 na América Latina, somente atrás do Chile, Peru e Brasil. No mundo, o vírus já infectou 2.498.355 pessoas, dessas, 659.589 foram curadas, e matou 171.718, segundo levantamento em tempo real da Universidade Johns Hopkins. 

(Com Reuters)

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