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Casos de Covid-19 explodem em Pequim e deixam ruas vazias

Fim da política Covid Zero e flexibilização acelerada estão fazendo o número de casos disparar em todo o país

Por Da Redação
Atualizado em 14 dez 2022, 13h00 - Publicado em 14 dez 2022, 12h59
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  • Pouco mais de uma semana depois de o governo da China flexibilizar medidas restritivas contra a pandemia e abandonar sua draconiana política de Covid Zero, Pequim sofre com o aumento de casos da Covid-19, que deixou ruas e estabelecimentos vazios nesta quarta-feira, 14. 

    Atingida por um surto crescente de infecções, o maior desde o início da pandemia, grande parte da população da capital está de duas, uma: contaminada pelo vírus ou presa em casa, com medo da contaminação.

    + Após relaxamento acelerado, China se prepara para novo surto de Covid-19

    No bairro comercial de Sanlitun, povoado por sofisticadas lojas e restaurantes, as ruas ficaram desertas e estabelecimentos, vazios, com equipe de funcionários reduzida. A situação se repete em escritórios e espaços de convivência em condomínios.

    Pequim, que já estava lidando com um surto contido enquanto a polêmica política Covid Zero estava em vigor, agora está na linha de frente da nova realidade do país: disparada de casos de Covid-19 devido à rápida reabertura após quase três anos de medidas restritivas severas. 

    A nova dinâmica também tornou números oficiais obsoletos. Como testes de Covid-19 e uso de aplicativos de rastreio das condições de saúde da população não são mais obrigatórios, não há como saber ao certo o real número de infecções. 

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    Por conta disso, o Sistema Nacional de Saúde anunciou nesta quarta que desistiu de tentar acompanhar todos os novos casos da doença, anunciando que não irá mais incluir infecções assintomáticas em sua contagem diária. No dia anterior, tinham sido registrados 2.249 diagnósticos desta categoria, sendo 20% do total localizados na capital. 

    + A caminho da reabertura, China anuncia mudança radical na resposta à Covid

    Especialistas apontam que o número relativamente baixo de pessoas infectadas na China e a eficácia mais baixa da CoronaVac, vacina utilizada no país, contra a variante Ômicron são fatores fundamentais para a grande disseminação do vírus. 

    O impacto nos sistemas de saúde já é visível. Devido ao temor da população em relação ao vírus, disparou o número de pacientes buscando hospitais e clínicas mesmo com sintomas leves, ou até mesmo assintomáticos, sobrecarregando serviços de emergência pontuais. 

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    Na semana passada, 19 mil pessoas em Pequim foram ao hospital com sintomas de gripe, seis vezes mais do que nos sete dias anteriores. Já o número de indivíduos que visitaram clínicas com febre foi 16 vezes maior no último domingo em comparação com toda a semana anterior. 

    Apesar da alta procura, só há 50 casos graves ou críticos registrados na capital, e a maioria deles apresenta comorbidades, de acordo com a principal autoridade no país encarregada de gerenciar a Covid-19.

    + China começa a abandonar política de Covid Zero após onda de protestos

    Especialistas chineses alertam que os hospitais devem fazer tudo o que puderem para impedir que seus funcionários sejam infectados na mesma velocidade que a população em geral, possibilidade que vem gerando discussões dentro do governo e nas redes sociais. 

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