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Casos de Covid-19 causam onda de cancelamentos de shows na Broadway

Só nesta semana, ao menos seis grandes espetáculos tiveram que cancelar alguma apresentação por contágios em membros do elenco ou da produção 

Por Da Redação Atualizado em 16 dez 2021, 12h25 - Publicado em 16 dez 2021, 12h17

Diversos shows da Broadway foram forçados a cancelar performances nesta semana por conta de casos positivos de Covid-19 entre membros do elenco ou da produção, colocando ainda mais pressão sobre uma indústria que reabriu há pouco tempo, depois de manter as cortinas fechadas por completo por 18 meses devido à pandemia.

Desde o retorno em 14 de setembro, marcado por salvas de palmas eufóricas, os espetáculos passaram a exigir que a plateia, artistas e funcionários dos teatros estivessem vacinados contra a Covid-19. Nesta semana, a Broadway League, associação comercial que representa a indústria, foi além e começou a aplicar uma nova política de vacinação e uso de máscaras para crianças.

De acordo com a entidade, as precauções tem um objetivo simples: garantir a vida longa de uma indústria essencial para a economia nova-iorquina e que gera cerca de 95.000 empregos. Segundo o grupo, só a Broadway gerou 14,7 bilhões de dólares à economia da cidade na temporada 2018-2019, uma quantia praticamente limada pelo fechamento no ano passado, causando demissões em massa entre artistas e prejuízos em setores secundários, ligados ao turismo.

No entanto, mesmo com as precauções, os retrocessos se tornaram cada vez mais frequentes. Em setembro, poucos dias depois da reabertura, “Aladdin” se tornou o primeiro espetáculo a cancelar performances por conta de casos de Covid-19.

Agora, só nesta semana, ao menos seis outros espetáculos também tiveram que cancelar algum show. Em todos os casos, ao menos uma pessoa do elenco ou da produção testou positivo e, por conta da falta de pessoas capazes de substitui-las ou por preocupações com contágio, os shows foram cancelados.

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O arrebatador “Hamilton”, de Lin-Manuel Miranda, cancelou a apresentação da noite de quarta-feira a menos de uma hora do início, de acordo com uma publicação em sua conta oficial no Twitter.

Na semana anterior ao fechamento da Broadway, “Hamilton” arrecadou 2,7 milhões de dólares com uma audiência de mais de 10.700 pessoas, ocupando o posto de maior bilheteria da indústria quando a pandemia se instaurou no mundo e forçou todo o complexo a apagar as luzes indefinidamente.

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“Nossa maior prioridade sempre será a saúde e segurança de cada membro do elenco, produção e plateia”, diz o comunicado.

Na mesma linha, o musical “Ain’t Too Proud”, sobre os Temptations cancelou a apresentação de quarta-feira, além de performances em Washington que começavam nesta semana e iam até 26 de dezembro.

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“Mesmo com precauções robustas em vigor, casos de Covid-19 foram identificados dentro da companhia, totalmente vacinada”.

Também foram cancelados espetáculos dos shows “Freestyle Love Supreme”, “Doubtfire”, “Harry Potter and the Cursed Child” e “Tina”.

No início de dezembro, a cidade de Nova York detectou oito casos da variante ômicron, sendo sete deles na área metropolitana. Além disso, de acordo com o departamento de saúde, o número de diagnósticos diários está em uma média de 1.500.

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Autoridades de saúde pública estão preocupadas com um maior aumento do número de infectados neste inverno devido à variante delta, à medida que pessoas se aglomeram para escapar do frio. Além disso, há uma preocupação de que a ômicron também pode impulsionar esse crescimento. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, ainda não está claro se a nova cepa pode causar quadros mais graves ou se ela é, de fato, mais contagiosa. Até o momento, todos aqueles que testaram positivo para ela nos Estados Unidos apresentaram apenas sintomas leves e moderados.

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