Principal cartão-postal da França, a Torre Eiffel reabriu as portas para visitação do público nesta sexta-feira, 16, pela primeira vez em nove meses, o tempo mais longo sem presença de visitantes desde a Segunda Guerra Mundial.
Fechada desde outubro, durante a segunda onda de Covid-19 no país, a Dama de Ferro permaneceu fechada por mais tempo do que outros monumentos franceses por conta de reformas.
A reabertura ocorre em um momento de novas restrições impostas pelo governo francês para frear a propagação da variante Delta, descoberta pela primeira vez na Índia e com alta capacidade de transmissão. Nesta semana, o presidente Emmanuel Macron anunciou novas medidas para evitar uma quarta onda de Covid-19 no país, entre elas a obrigatoriedade de apresentar documentos que comprovem a vacinação para entrar em restaurantes e bares.
A nova exigência fez com que os franceses corressem até os postos de vacinação para receber as doses dos imunizantes. Na última quarta-feira, 14, o número de pessoas vacinadas em um dia foi recorde: 1,3 milhão de pessoas. A França vacina, no momento, pessoas com menos de 35 anos.
Para a Torre Eiffel, a necessidade de apresentar o passe começa a valer a partir da próxima quarta-feira, 21. Maiores de 18 anos deverão comprovar que estão completamente vacinados ou apresentar testes com resultado negativo para o novo coronavírus nas últimas 48 horas.
“O turismo está de volta a Paris, e podemos mais uma vez compartilhar a felicidade com visitantes de todo mundo”, declarou o diretor da empresa que administra a Torre Eiffel, Jean François Martins.
À agência de notícias AFP, no entanto, Martins ressaltou que o passe sanitário para visitantes, além da diminuição de capacidade, representam “complicações operacionais adicionais”, embora sejam “administráveis”.
A capacidade ficará limitada a 50%, com cerca de 10.000 a 25.000 visitas diárias. Desde o dia 1º de junho, quando foi possível reservar ingressos para a reabertura, 70.000 entradas foram adquiridas para os meses de julho e agosto. Destes ingressos, metade foi reservada pelos franceses e a outra metade para estrangeiros.
A França abriu as suas fronteiras para turistas internacionais nesse verão, porém as regras variam de país para país. Por conta das restrições que ainda estão em vigor e o medo da nova variante, o número de visitantes está longe daquele que comumente é visto.
Desde o início da pandemia, mais de 5,83 franceses foram diagnosticados com a Covid-19 e 111 mil vieram a óbito. Com o avanço da campanha de vacinação na União Europeia, a França já aplicou mais de 36,4 milhões de doses de vacina, o equivalente a 53,9% de sua população.