Um carro-bomba explodiu em frente a uma academia de polícia de Bogotá, capital da Colômbia, nesta quinta-feira, 17. Nove pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas, informou o Ministério da Defesa do país. O prefeito da cidade, Enrique Peñalosa, condenou o “ato terrorista“.
As proximidades da Academia de Polícia General Santander estavam caóticas após o ataque, com ambulâncias e helicópteros percorrendo a região, normalmente muito controlada por medidas de segurança. O hospital El Tunal ainda está recebendo vítimas resgatadas. Na Policlínica do Olaya, um jovem de 21 anos está sendo operado do pulmão neste momento e sofreu fraturas nas pernas. Outros pacientes, com ferimentos físicos superficiais, estão em estado de choque.
Testemunhas disseram ter ouvido duas fortes explosões às 10h (13h, em Brasília), que destruíram janelas de prédios vizinhos. Fotos nas redes sociais mostram um veículo carbonizado cercado de entulhos em frente à academia de polícia.
O presidente da Colômbia Iván Duque, que estava visitando um estado a oeste do país, está regressando à capital para acompanhar as operações da polícia. No Twitter, Duque rechaçou o terrorismo e disse ter dado ordens para que os responsáveis pelo atentado sejam levados à Justiça.
Por décadas, residentes de Bogotá viveram sob o medo de serem atingidos pelas ações violentas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), do cartel de drogas do traficante Pablo Escobar, dos grupos paramilitares e até mesmo das forças de segurança do governo.
Conforme os conflitos colombianos foram controlados, por meio de acordos de paz como o das Farc com o governo, em 2016, os ataques se tornaram menos frequentes.
As autoridades ainda não se pronunciaram sobre os responsáveis pela explosão, mas as suspeitas recaem sobre os rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN), que estão em conflito com o governo conservador de Duque depois do fracasso de tentativas de negociação de paz.