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Cardeal próximo ao papa é acusado de acobertar pedofilia

George Pell, que atualmente supervisiona reforma econômica no Vaticano, teria oferecido dinheiro para silenciar uma vítima de abuso sexual em 1993

Por Da Redação
20 Maio 2015, 23h57

O cardeal australiano George Pell, responsável por supervisionar a reforma econômica promovida pelo papa Francisco no Vaticano, foi acusado de acobertar casos de pedofilia e oferecer dinheiro para silenciar uma vítima abusada sexualmente por um religioso. A uma corte que investiga a pedofilia no país, David Ridsdale afirmou que foi molestado em 1993 por seu tio Gerard Ridsdale – um padre australiano pedófilo que perdeu suas credenciais. David disse ter telefonado para Pell pedindo ajuda, mas foi surpreendido pela oferta de dinheiro em troca do seu silêncio.

“George começou a falar sobre minha família estar crescendo e de como eu tinha que cuidar de suas necessidades. Ele chegou a mencionar que logo eu teria de comprar um carro ou uma casa para minha família”, relatou David. A vítima disse recordar “com clareza” quais foram as últimas frases do diálogo. “Perdão, George, mas do que você está falando?”, indagou David. “Quero saber o que te fará ficar quieto”, teria respondido o cardeal, segundo o jornal britânico Daily Telegraph.

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Pell foi arcebispo de Sydney e Melbourne e já havia recebido críticas pela forma como tratou acusações de pedofilia contra padres da Igreja Católica da Austrália. Em uma declaração estatutária de 2002, o cardeal negou as denúncias repetidas por David nesta quarta-feira. “Eu nego de forma enfática ter dito estas ou aquelas palavras com este efeito. Eu nego totalmente a alegação de que tentei comprar o silêncio de David”, afirmou, na ocasião. Advogados disseram que Pell prestaria novo depoimento sobre o caso se fosse requisitado, mas salientaram que o cardeal dificilmente terá um testemunho diferente dos que já fez anteriormente.

Em um caso separado, outra vítima, Timothy Green, acusou Pell de ter ignorado uma denúncia de abuso sexual. Green disse que tinha entre 12 ou 13 anos quando foi molestado numa escola católica do Estado australiano de Vitória. “Pell disse: ‘Não seja ridículo’. E foi embora. Ele não fez nenhuma pergunta. Não perguntou o que eu queria ou como poderia dizer aquilo. Esta reação me deu a impressão de que ele sabia o que acontecia e não podia, ou não queria, fazer nada a respeito”, declarou a vítima.

Também em declaração emitida em 2002, Pell declarou que “decorridos 28 anos, eu não me recordo de nenhuma conversa desse tipo. Se eu tivesse sido interpelado e julgasse as histórias plausíveis, eu as teria levado adiante”.

(Da redação)

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