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Capriles vai pedir impugnação das eleições venezuelanas

Líder opositor anunciou decisão após fim de ultimato para início de auditoria

Por Da Redação
26 abr 2013, 01h37
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  • O líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, afirmou na noite desta quinta-feira que vai pedir nos próximos dias a impugnação da eleição de 14 de abril, que elegeu o chavista Nicolás Maduro por uma diferença de apenas 1,78% dos votos. O anúncio, feito após o fim do prazo dado por Capriles para o Conselho Nacional Eleitoral iniciar a auditoria da contestada eleição, ocorreu durante uma entrevista à rede de televisão Globovisión, o último canal privado que segue linha independente do chavismo na Venezuela.

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    Ele esclareceu, contudo, que não espera ver seu pedido atendido na Justiça venezuelana, pois não a considera independente do governo. Mesmo assim, seguirá com o procedimento legal. “Vamos impugnar as eleições, mas não com a expectativa de termos um Supremo Tribunal de Justiça que nos dê algum tipo de resposta propícia. Vamos cumprir todos os trâmites legais porque, no final, esta eleição terminará percorrendo o mundo”, indicou Capriles, que ainda mencionou que as provas de fraude seriam suficientes para a realização de um novo processo eleitoral.

    A oposição venezuelana exigiu a ampliação da auditoria padrão feita em 54% das urnas no dia da votação de 14 ade abril para os 46% das mesas restantes, que não foram certificadas e, segundo a campanha de Capriles, correspondem ao universo de votos onde foram denunciadas mais de 3.000 irregularidades. Entre elas estão fiscais da oposição retirados à força de zonas eleitorais, mais de 600.000 eleitores falecidos que ainda constam no registro eleitoral e voto de cabresto, com funcionários públicos e pessoas beneficiadas por programas do governo sendo constrangidas a votar em Maduro.

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    Durante a entrevista, Capriles ressaltou mais uma vez que a auditoria só teria credibilidade se incluísse os cadernos de votação (onde consta a relação de eleitores). Além de não definir o início do processo, o conselho eleitoral venezuelano afirmou que pretendia fazer apenas uma “revisão técnica” das atas, sem cruzamento de dados, e adiantou que isso não mudaria o resultado. “Se não tivermos acesso aos cadernos de votação não vamos participar de uma auditoria fajuta, porque é uma enganação aos venezuelanos”, disse o líder opositor.

    O Conselho Nacional Eleitoral se comprometeu na semana passada a realizar a auditoria adicional para dar confiança aos resultados, que segundo o órgão são exatos e irreversíveis. No entanto, na quarta-feira, o CNE disse que atrasaria a auditoria devido a divisões internas.

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    “Não vamos perder os passos que estabelecem as leis. O próximo é impugnar judicialmente estas eleições”, explicou Capriles. “Tudo o que mostrei hoje (as irregularidades denunciadas) vai terminar percorrendo o mundo e, cedo ou tarde, nosso país terá uma nova eleição”, afirmou o ex-candidato, derrotado por Maduro por cerca de 265.000 votos segundo o órgão eleitoral venezuelano.

    Conspiração – Nesta quinta-feira, o ministro do Interior da Venezuela, Miguel Rodriguez, anunciou a prisão de um americano sob a alegação de que ele estaria financiando manifestações de estudantes de oposição. Este é mais um capítulo da série de acusações do governo venezuelano que atingem o inimigo externo Estados Unidos.

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    O cidadão americano foi identificado como Timothy Hallet Tracy. A tese venezuelana é que ele estaria envolvido em planos para “desestabilizar o país e provocar uma guerra civil”. O ministro indicou que o americano trabalharia para uma agência de inteligência, e que receberia dinheiro de algumas ONGs estrangeiras.

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    Desde a morte de Hugo Chávez, seu herdeiro político tem feito uma série de acusações contra opositores sem apresentar provas. As teses vão desde um plano para matá-lo até uma alegada sabotagem no setor de energia elétrica – que, na verdade, sofre há anos com falta de investimentos. Esta semana, o governo decretou estado de emergência no Sistema e Serviço Elétrico Nacional, por um período de 90 dias, durante os quais os militares ficarão responsáveis por “resguardar o sistema elétrico”.

    Para a oposição, as acusações de Maduro servem apenas para tirar o foco dos venezuelanos dos problemas do país, incluindo a criminalidade, a inflação alta e os frequentes apagões.

    (Com agência EFE)

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