O candidato da direita à presidência francesa, François Fillon, mergulhado em um escândalo de emprego fantasma de sua família, reconheceu nesta segunda-feira ter cometido um erro ao empregar sua mulher e filhos como colaboradores parlamentares, e pediu desculpas aos franceses.
No entanto, ele reiterou que o salário de sua esposa Penelope “era perfeitamente justificável, e que todos os fatos eram legais e transparentes”, durante uma coletiva de imprensa na França.
Segundo revelações da imprensa francesa, Penelope Fillon teria recebido em torno de 900.000 euros (3 milhões de reais) como assistente parlamentar sem ter trabalhado na Assembleia Nacional e como colaboradora literária na revista Revue dês Deux Mondes, uma das publicações mais antigas da França e ligada à centro-direita, também sem trabalhar.
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O recente escândalo envolvendo cargo fantasma para a esposa tirou o favoritismo de Fillon para vencer a eleição presidencial de abril.
Um levantamento divulgado nesta segunda-feira pelo instituto de pesquisas francês Opinionway mostra o candidato independente Emannuel Macron, de centro, deve enfrentar a líder da extrema-direita Marine Le Pen no segundo turno da eleição presidencial francesa. Fillon aparece em terceiro, fora da disputa decisiva. O levantamento aponta que, no segundo turno, Le Pen seria derrotada por Macron por 65%, contra 35%.
(Com AFP)