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Brasil está entre países de onde mais vem desinformação sobre Covid-19

Segundo o estudo, que analisou 87 países, 'rumores' são a principal fonte de desinformação em território brasileiro e mundialmente

Por Da Redação
Atualizado em 12 ago 2020, 17h28 - Publicado em 11 ago 2020, 15h54
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  • Um estudo publicado nesta semana na Revista Americana de Medicina e Higiene Tropical aponta que notícias falsas sobre a pandemia da Covid-19 tem se disseminado em pelo menos 87 países diferentes ao redor do mundo. O Brasil é o sexto país de onde mais vem a desinformação envolvendo o tema.

    Os pesquisadores que representam diversas universidades de Bangladesh, da Austrália, da Tailândia e do Japão analisaram 2.311 casos de desinformação circulando entre 31 de dezembro e 5 de abril no Facebook, no Twitter, e em sites de veículos da imprensa e de agências de checagem de fatos.

    A grande maioria dos casos, 89%, entrou na classificação de rumores, ou seja, “informações não verificadas que podem ser definidas como verdadeiras, fabricadas ou totalmente falsas após a verificação”. Um exemplo que condiz com essa definição embora não seja citado no estudo é a afirmação de que a substância hidroxicloroquina serve como tratamento para a Covid-19, mesmo sem comprovações científicas definitivas.

    O estudo ressaltou o perigo dos rumores, em especial aqueles referentes a uma eventual cura para a doença, citando as 800 mortes e 60 casos de cegueira envolvendo pessoas que tomaram metanol para se tratar da Covid-19 no Irã em abril.

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    Os 11% de desinformação estão divididos entre teorias da conspiração (cerca de 7,5%) e estigma (3,5%).

    As teorias da conspiração foram definidas como as acusações não fundamentadas de que um indivíduo ou um grupo esteja por trás da pandemia, ou pelo menos se aproveitando dela, para interesses próprios. Entre os alvos frequentes de teorias da conspiração mencionados pelo estudo estão a Fundação Bill & Melinda Gates, a Central de Inteligência Americana (CIA), o presidente americano, Donald Trump, e o governo de Israel.

    Já o estigma foi determinado como o ato de descriminação social, especialmente contra pessoas de origem asiática. Os pesquisadores citam afirmações preconceituosas como “chineses não são civilizados” e “todas as doenças vêm da China“.

    Países da desinformação

    O Brasil está entre os seis países de onde mais surgiram casos de desinformação sobre a pandemia da Covid-19: foram cerca de 100. Mais de 90% desses envolveram rumores, e apenas uma pequena parcela foi referente às teorias da conspiração. Não houve número significativo de casos de estigma.

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    Acima do Brasil estão Indonésia (125), Espanha (150), China (cerca de 200), Estados Unidos (cerca de 300) e Índia (cerca de 350).

    Assim como no Brasil, os rumores compõem a grande maioria da desinformação nesses países. Nos Estados Unidos, ainda há uma parcela significante de casos de estigma.
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