O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, apresentou ao Parlamento nesta quinta-feira, 19, seu amplo plano para preparar todos os setores a serem atingidos pela saída do Reino Unido da União Europeia no prazo definido de 31 de janeiro de 2020. Fortalecido pela vitória de seu Partido Conservador nas eleições do último dia 11, Johnson não espera enfrentar resistências contra seu projeto para a “era de ouro” do país, depois do Brexit.
Na sexta-feira, 20, o acordo firmado por Johnson com os europeus sobre o Brexit deverá ser aprovado igualmente pelo Parlamento. Sua proposta corta do pacto anterior medidas de proteção aos trabalhadores e às crianças refugiadas. Também define que o período de implementação do Brexit será mais curto e se encerrará em 31 de dezembro de 2020.
“Este é o momento de retribuir a confiança daqueles que nos enviaram aqui para deliberar sobre as prioridades do povo. Eles querem que a política siga adiante, que o país siga adiante”, afirmou Johnson.
A agenda de Johnson para o Brexit foi apresentada durante a sessão anual de abertura dos trabalhos do Parlamento, na qual a rainha Elizabeth II costuma ser protagonista. Envolve medidas para os setores agrícola, de pesca, financeiro, de comércio e infraestrutura, entre outros, que tendem a gerar polêmica e reações dos produtores atingidos. Para a área agrícola, por exemplo, o premiê propôs a substituição dos fartos subsídios financeiros da Política Agrícola Comum (PAC), da União Europeia, por um sistema de recompensas aos produtores rurais que promoverem a biodiversidade e o acesso ao interior.