Bombardeios do regime contra escolas deixam 21 mortos em Idlib, na Síria
Ataques fazem parte de mais um capítulo da ofensiva do regime de Bashar Assad contra região controlada pelos rebeldes
Ataques aéreos e de artilharia do Exército da Síria e da Rússia contra diferentes pontos da província de Idlib, último reduto da oposição ao governo do país, deixaram ao menos 21 mortos na terça-feira 25, segundo a ONG Defesa Civil Síria. Seis escolas e duas creches foram bombardeadas.
Os ataques começaram por volta das 8h da manhã de terça do horário local (3h em Brasília), quando as crianças já estavam no colégio. Na escola al-Baraem, na cidade de Idlib, os funcionários tentaram deixar o local, mas três professores e um estudante morreram após uma bomba atingir o pátio da instalação.
Além disso, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, bairros residenciais nas localidades de Maarat Misrin e Binish foram atingidos nos ataques de terça. Ainda de acordo com as informações da ONG, é grande o número de feridos em estado grave.
Os ataques fazem parte de mais um capítulo da ofensiva das forças do regime de Bashar Assad, intensificada na semana passada, contra a região de Idlib. A oposição a Assad é apoiada pela Turquia.
O presidente turco, Recep Erdogan, deu um ultimato ao governo sírio na semana passada, ameaçando usar seu Exército contra as tropas de Damasco caso elas não recuem do território conquistado por suas forças nos últimos dois meses.
Desde o início da ofensiva de Damasco na região de Idlib, em novembro de 2019, cerca de 2.000 pessoas morreram, sendo 350 delas civis, e outras 700.000 abandonaram suas casas à medida que o Exército sírio avançava.
Uma delegação russa estava em Ancara para negociar um cessar-fogo, mas o acordo não saiu do papel. Nas últimas semanas, comboios militares turcos com soldados, tanques e equipamentos entram diariamente em territória sírio.