Bombardeio russo na cidade natal de Zelensky deixa um morto e 44 feridos
O ataque danificou dez edifícios e três dos feridos retirados dos escombros se encontram em estado grave
Um policial foi morto e pelo menos 44 pessoas ficaram feridas por um ataque com mísseis russos na cidade natal do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, nesta sexta-feira, 8. Dez prédios foram danificados no ataque e três dos feridos retirados dos escombros se encontram em estado grave.
O ataque aconteceu na cidade de Krivoy Rog, na região central do país. Fotos postadas pelo ministro do Interior ucraniano, Ihor Klymenko, mostraram um prédio em chamas e operações de emergência para resgatar feridos e esvaziar os edifícios danificados.
🇷🇺🇺🇦Em Krivoy Rog, oficialmente – 1 morto. Extraoficialmente – mais de 20. As informações são cuidadosamente filtradas.
Dos mais de 50 feridos, cerca de 80% eram militares. Presumivelmente, especialistas estrangeiros também participaram da reunião. pic.twitter.com/ZSFOg8na9k
— GEO FRAGMENTAÇÃO (@1895torres) September 8, 2023
Este foi um dos vários ataques da Rússia contra o país invadido durante esta madrugada. Três outras pessoas ficaram feridas em um ataque com mísseis na cidade de Sumy, no leste da Ucrânia, e as forças de Moscou também atingiram Odessa, onde fica um dos principais portos ucranianos, com drones pela quinta vez na mesma semana.
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Autoridades locais também registraram investidas na região sul de Mykolaiv e na cidade de Zaporizhzhia. Não houve nenhuma morte nesses locais, mas uma pessoa ficou ferida.
Também nesta sexta-feira, ocorre o funeral de um jovem de 18 anos que estava entre os 16 civis mortos de um ataque ao mercado em Kostiantynivka, na região leste de Donetsk, na última quarta-feira 6. O incidente, no qual outras 33 pessoas ficaram feridas, transformou o local em ruínas e ofuscou uma visita oficial do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken.
Após rumores de críticas a respeito da lentidão da contraofensiva ucraniana, a visita de Washington tinha como objetivo reiterar seu apoio aos ucranianos na guerra, postura que foi seguida pelo Reino Unido. Em uma conversa por telefone, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, e Zelesnky falaram sobre as “atuais necessidades militares” do exército ucraniano para continuar a sua contraofensiva.
Sunak prometeu “apoio sólido” do Reino Unido e elogiou as forças ucranianas “pelo seu progresso no campo de batalha”. Ambos também abordaram o cerco russo ao Mar Negro que bloqueia a exportação de grãos ucranianos, e, segundo eles, representa uma ameaça tanto para a economia da Ucrânia como para a segurança alimentar em todo o mundo.
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Em resposta à saída da Rússia de um acordo que permitia exportações de alimentos ucranianos pelo Mar Negro, o Reino Unido anunciou que vai sediar um encontro mundial sobre segurança alimentar em novembro. O anúncio coincidiu com a chegada de Sunak à Índia para o encontro do G20, onde ele espera reunir apoio internacional para seu projeto.
O líder britânico prometeu trabalhar em conjunto com os restantes países do grupo das maiores economias do mundo para “garantir que os países vulneráveis tenham acesso a cargas vitais de grãos”. Ele também comemorou as 30 adesões à declaração conjunta para garantir a segurança da Ucrânia, que seria promovida pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).