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Bomba explode em ônibus no Cairo e deixa cinco feridos

Atentado, um dos primeiros que mirou exclusivamente em civis no Egito, ocorre um dia após Irmandade Muçulmana ser declarada um “grupo terrorista” pelo governo

Por Da Redação
26 dez 2013, 09h13

Uma bomba explodiu nesta quinta-feira em um ônibus no Cairo, deixando cinco feridos sem gravidade, anunciaram autoridades de segurança e dos serviços de saúde egípcios.

As autoridades não sabem até o momento se a bomba estava no ônibus ou se foi lançada por alguém quando o veículo passava.

O episódio com ônibus, que correu em Nasr City, Norte da capital egípcia, levanta o temor de que a atual onda de atentados que mira forças de seguranças e prédios governamentais possa estar mudando seu foco para alvos civis.

O porta-voz do governo provisório do Egito, Abdel-Fatah Osman, disse que o atentado ao ônibus tinha o objetivo de “aterrorizar as pessoas e provocar o caos”.

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O atentado ocorre um dia após o governo egípcio ter declarado oficialmente a Irmandade Muçulmana como um “grupo terrorista”, na esteira de um atentado suicida na cidade de Mansoura ter deixado dezesseis mortos, a maioria deles policias.

A decisão deu às autoridades o poder de acusar qualquer membro do movimento do deposto presidente Mohamed Mursi de ligação com organização terrorista.

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Ataques – Os atentados terroristas aumentaram no Egito desde a destituição do ex-presidente Mohamed Mursi, que faz parte da Irmandade Mulçumana, por um golpe militar em 3 de julho. O presidente deposto e outros 132 dirigentes e membros de grupos islamitas estão sendo processados pela Justiça egípcia e respondem por diversas acusações, entre elas manter relações com o grupo radical palestino Hamas, fugir da prisão de Wadi Natrun – onde Mursi esteve preso durante a revolução de 2011, que derrubou o ditador Hosni Mubarak -, incendiar a cadeia e facilitar a fuga de presos.

Outras acusações contra Mursi são a agressão a funcionários do presídio e destruição de documentos. Ele responde ainda por suposto envolvimento na morte de manifestantes em frente ao palácio presidencial, em dezembro de 2012.

No processo que envolve o contato com o Hamas, o governo xiita do Irã e também seu aliado libanês, o Hezbollah, estão envolvidos outros 35 dirigentes da Irmandade Muçulmana, entre eles o líder Mohammed Badía e Saad Katatni, presidente do Partido Liberdade e Justiça (PLJ), braço político do grupo.

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Mursi está na prisão Burg al Arab, perto de Alexandria. A Irmandade Muçulmana afirma que as acusações contra seus dirigentes são politizadas e representam uma tentativa do Exército e das atuais autoridades egípcias de legitimar o golpe militar.

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